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“Velha Kaualende, numa madrugada, levou a sua disanga às costas e dirigiu-se à fonte de Kasadi. Não era vulgar as pessoas “amadrugarem” para tirar água daquela nascente.

Kaualende fê-lo, porque tinha muito que fazer e, nesse dia, o trabalho para ela começava de madrugada.

A mulher, pelo caminho, ia pensando no programa do dia. O carreiro por onde passava mal se via. O capim alto, pesado de dimune, vergava sobre o caminho, impedindo a passagem. De vez em quando, com as mãos, a rapariga afastava o mbulu e o disenu que dificultavam o andamento. Outras vezes, com a ajuda de um pau, ia batendo no musoke para deixar cair o orvalho que lhes molhava os panos (XITU, Uanhenga. Vozes na Sanzala(Kahitu). São Paulo: Ática, 1984, p. 39).

Com base em seus estudos sobre Uanhenga Xitu e no fragmento apresentado, analise as afirmações que seguem:

I- No que concerne à construção narrativa, observam-se precisa marcação temporal, como por exemplo: “numa madrugada”.

II- Minuciosa descrição do espaço, com olhares voltados à vegetação rasteira local, cenário em que desenrolam as ações.

III- Utilização de uma linguagem culta, rebuscada, distante do linguajar da população angolana.

IV- O narrador incontestavelmente onisciente, capaz de reproduzir o pensamento da personagem e explicar os seus procedimentos.

V- No trecho, encontram-se ainda observações relativas aos costumes sociais (“Não era vulgar as pessoas ‘amadrugarem’ para tirar água daquela nascente”), as quais poderão ser detectadas ao longo de toda a narrativa.



São CORRETAS as afirmações contidas apenas em:


II, III, IV, V.


I, II, III, IV.


I, II, IV, V.


I, II, III, V.


I, III, IV, V.