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Texto-base:
“[...] O chamado fracasso do ensino do português nas escolas do ensino Fundamental e Médio, em nosso país, vem sendo estudado e discutido há muito tempo, sem, contudo, se chegar a um denominador comum das causas dessas dificuldades encontradas pelos alunos em falar e escrever sua própria língua materna.
Parte-se, nessas análises, de pressupostos e ideologias diferentes e, talvez por isso mesmo, não haja, até agora, quem se atreva a dizer, com segurança, por que os alunos têm tantas dificuldades na aprendizagem da língua materna, em nosso país. Parte-se, por exemplo, da ideologia do dom, segundo a qual as causas do sucesso ou do fracasso dos alunos não se explicariam pelas falhas da escola, mas dependeriam das características de cada indivíduo, de sua aptidão, inteligência e talento. Outra ideologia é a chamada ideologia da deficiência cultural que culpa as desigualdades sociais pelo bom ou mau rendimento do aluno na escola. Neste caso a ‘deficiência é cultural’, a ‘carência é cultural’, a ‘privação é cultural’ e os alunos das classes menos cultas, com déficits socioculturais, não teriam condições de, por exemplo, aprender a norma padrão. Por fim, há a ideologia das diferenças culturais, que tenta mostrar que não há uma cultura superior às outras. O que há são culturas diferentes. Contudo, um determinado grupo, que detém o poder e a dominação social, impõe sua cultura aos demais grupos e a escola incorpora esses padrões, marginalizando os que são diferentes por terem outra cultura.
As regras gramaticais exigidas pelo dialeto-padrão ensinado nas escolas trazem sempre dificuldades para o estudante e não raras vezes para os professores e outros profissionais liberais, atuantes na comunidade. Nem sempre essas regras são lógicas ou racionais. Do ponto de vista da economia da linguagem elas quase sempre são redundantes e exigem maior esforço para sua realização” (ARAGÃO, 2010, p. 41).
ARAGÃO, M. do S. S. de. Variantes diatópicas e diastráticas na língua portuguesa do Brasil. Graphos, João Pessoa, v. 12, n. 2, dez. 2010.
Acerca do ensino de português nas escolas brasileiras, assinale a alternativa correta, de acordo com o texto:
Alternativas
Alternativa 1:
O formato do ensino da língua portuguesa acaba não sendo eficaz. Preocupa-se muito com regras gramaticais e, com isso, o aluno acaba não absorvendo devidamente o saber.
Alternativa 2:
É preciso ensinar as normas gramaticais, os alunos não aprendem por problemas de privação cultural.
Alternativa 3:
As regras gramaticais ensinadas na escola não fazem parte da variedade padrão do português.
Alternativa 4:
Ensinar a gramática é ensinar uma ideologia de supremacia cultural.
Alternativa 5:
Muitos alunos não aprendem gramática porque não possuem esse dom.
Sagot :
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