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O que aconteceu em junho de 2013 pode ser divido em dois momentos: o primeiro foram as lutas específicas do MPL que tem a ver com a questão da mobilidade e da tarifa zero. As manifestações de junho foram importantes porque trouxeram para o debate nacional e ao centro das prioridades do poder público as questões relacionadas à mobilidade urbana. Isso foi uma conquista importante já que mobilidade e transporte nunca foi prioridade do Estado em toda a história. A segunda questão diz respeito às mobilizações em si, as ações de junho não tinham pauta definida, e das pessoas foram reivindicar questões, muitas vezes, contraditórias como, por exemplo, aqueles que foram as ruas manifestar a criminalização da homofobia, enquanto tinham pessoas evangélicas, fundamentalistas, contra o aborto, por exemplo. Em um determinado momento se tinha os mais variados motivos. Mas existe algo acima disso que é imprescindível tratar, que é a importância das ruas como um espaço de manifestação e luta social, espaço do direito das pessoas a lutarem por aquilo que consideram fundamental. Dessa forma, as manifestações de junho de 2013 foram importantes, apesar das contradições, o saldo foi positivo porque forçou os governos a priorizarem questões relacionadas à mobilidade urbana e transporte, forçou os partidos e sindicatos a reverem as práticas que eles passaram a ter nos últimos vinte anos. As ações de junho mostraram que esses partidos estão envelhecidos na sua forma de representação e não atendem mais os interesses da população. (Abrahão, 2015,p. 5) Ainda segundo o autor, nas leituras apresentadas, é correto afirmarmos que as manifestações de junho de 2013 se diferenciaram das mobilizações que as antecederam por: