A atuação do psicólogo nas organizações deve ser pautada pela análise das condições e da organização do trabalho, estabelecendo o nexo causal entre o trabalho e os processos de adoecimento. É necessário promover a conscientização dos trabalhadores sobre os contextos de trabalho, definindo em conjunto as prioridades de mudanças, construindo pautas de reivindicações e acompanhando os processos de negociação. O psicólogo deve se limitar a identificar os trabalhadores que estão mais propensos a adoecer e encaminhá-los para tratamento médico especializado, sem considerar as condições e a organização do trabalho. A atuação do psicólogo nas organizações deve ser focada exclusivamente no diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas ao trabalho, suprimindo as dimensões intersubjetivas e os efeitos da organização do trabalho sobre a saúde dos trabalhadores. O psicólogo deve se restringir a realizar diagnósticos individuais para definir estratégias de mediação de conflitos no local de trabalho, sem a necessidade de prever melhorias de políticas de Recursos Humanos, pois na abordagem clínica que se pode dar conta da amplitude dos problemas de saúde relacionados ao trabalho. O psicólogo deve atuar individualmente com os trabalhadores, aplicando testes psicométricos para aferir o nível de adoecimento do trabalhador, bem como o grau de estresse e os problemas psicológicos decorrentes do trabalho.