Texto 1 Remond (2003) explica os alcances da renovação do conhecimento histórico, a partir dos anos de 1980, em especial com a terceira geração dos Annales, nos seguintes termos: “[...] a compaixão pelos deserdados, a solidariedade com os pequenos, a simpatia pelos ‘esquecidos da história’ inspiravam um vivo desejo de reparar a injustiça da história para com eles e restituir-lhes o lugar a que tinham direito” (REMOND, 2003, p. 19). REMOND, R. Por uma História Política. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2003. Texto 2 Funari (2011) problematiza que o conhecimento histórico pode chegar nos espaços de sala de aula de forma não apropriada, como ocorre com o caso das populações indígenas. Nas palavras do autor: “A contraposição entre ‘índios’ e ‘brancos’ como categorias de tipo racial, além de ser um erro do ponto de vista científico, dificulta que o ensino nas escolas abarque a diversidade existente e, no limite, favorece o racismo. Como adverte o historiador brasileiro Jaime Pinsky, ‘somos, na visão reproduzida em muitas escolas, brancos de cultura branca’. Ou seja, as escolas comuns, do ensino fundamental e médio, quando falam dos índios, costumam apresentá-los aos alunos em contraste com o que seriam os brancos, tomados como o termo referente, como se branco caracterizasse a ‘sociedade nacional’, na qual o indígena seria apenas ‘o outro’. Já está na hora de abandonarmos esse pensamento em função daquele que vê a nossa sociedade, em geral, composta por uma infinidade de grupos étnicos em sua mescla” (FUNARI, 2011, p. 9-10). FUNARI, P. P. A temática Indígena na escola: subsídios para os professores. São Paulo: Contexto, 2011. Considerando os conteúdos presentes nos dois textos apresentados anteriormente, analise as asserções apresentadas e a relação proposta entre elas: I- Não basta apenas que novos temas, novos objetos, novos problemas, novos sujeitos sejam pesquisados pelos estudiosos e pesquisadores. PORQUE II- O conhecimento histórico precisa estar justificado e associado às pautas e preocupações da di