O tratamento de Sartre da má-fé desempenha um papel central em O ser e o nada. A questão que guia este capítulo é a seguinte: o que a realidade humana tem de ser, dado que o homem é capaz de má-fé? Isso tem uma tripla importância: primeiro, a resposta a essa questão revela que a realidade humana é muito mais complexa e ambígua do que a maior parte dos teóricos reconhece; segundo, emerge daí que a natureza ambígua da realidade humana é tão provocadora de angústia que a má-fé, como uma tentativa de evitar encará-la, é uma ameaça permanente para todos os nossos projetos, incluindo os filosóficos. Por sua vez, o terceiro estrato de importância: se e como nós podemos – como seres humanos e como filósofos ou psicólogos tentando compreender os seres humanos – evitar incorrer em má-fé acerca de nós mesmos e dos outros? Considerando o texto, avalie as afirmações a seguir. I. A má-fé é um dado da ambígua e complexa realidade humana. II. A má-fé é um modo de evitar a realidade, especialmente a realidade que faz a angústia vir à tona. III. A má-fé é uma mentira que muitas vezes é contada a si próprio. É correto apenas o que se afirma em: a. I, II e III b. III c. II e III d. I e III e. I e II