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3) Observe as falas transcritas abaixo, retiradas de Bortoni-Ricardo (2004). Fala 1: De uns tempo pra cá, ninguém qué roça mais. Num certo ponto eu dô razão, eu mesmo fui um desses que saí da roça por causa disso, né? Que eu não tinha terreno de meu, morava dependente de oto, de fazendeiro. Fazenderos não dão cuié de chá mesmo, né? Tem que plantá, planta, tem que parti à meia, ota hora à terça, né? Fala 2: O qu’eu tô compreendenu de pouco tempo pra cá é negoçu de reporti. Qu’eu cumpanho nutiça, reporti de rádio e televisão, que agora qu’eu tô aprendenu, nunca tinha usado nem televisão, que a gente morava na roça, e mesmo aqui né, mesmo aqui, é de pocos tempo pra cá que os menino deu conta de compra um rádio. Sobre as duas falas acima, assinale a alternativa que traz uma afirmação correta. Selecione uma alternativa: a) No repertório de ambos os informantes ocorrem variantes comumente associadas às variedades rurais, como a vocalização de lh em “cuié” e a redução do ditongo crescente átono final em “nutiça”. b) No repertório de ambos os informantes ocorrem variantes próprias da variedade urbana, como o uso do marcador discursivo “né?” e o uso de “a gente” como forma pronominal. c) Apenas na fala do primeiro informante ocorrem variantes próprias da variedade rural, como em “ota”, em que se observa a elisão do /u/ e do /r/. d) Apenas na fala do segundo informante ocorrem variantes próprias da variedade rural, como em “compreendenu”, em que se observa a redução do gerúndio em -ndo. e) Ambos os informantes estão em situação informal e, por esse motivo, suas falas apresentam traços de informalidade, como “cuié”, “nutiça”, “reporti”.