4) AULA DE PORTUGUÊS A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, equipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. O poema trata das práticas presenciadas pelo eu lírico nas aulas de língua materna. Acerca desse poema, considere as seguintes afirmativas: I. O poema menciona ao menos duas variedades linguísticas, uma presente na escola (“a linguagem na superfície estrelada de letras”) e uma presente nas práticas fora da escola (“a linguagem na ponta da língua”). II. Segundo o poema, a variedade utilizada na escola é próxima (similar) da variedade do eu lírico em outras práticas. III. O trabalho com a língua materna presenciado pelo eu lírico considera e valoriza as competências linguísticas das quais os alunos já dispõem antes da escolarização. IV. Nas aulas de português presenciadas pelo eu lírico, a norma-padrão é apresentada como um modo de fala que convive com variedades de contextos mais informais (“a língua em que comia”, “em que levava e dava pontapé”). De acordo com o poema, podemos dizer que: Selecione uma alternativa: a) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas. b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. d) Apenas a afirmativa I está correta. e) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.