Na América, à medida que eclodiam rebeliões que objetivavam a emancipação política das colônias, foram surgindo, em meio a conflitos armados contra tropas da metrópole, alguns líderes e projetos de formação de novos países.

No que diz respeito à América espanhola, tais conflitos tiveram como uma de suas características

a)

uma participação substancial de membros do clero, que pegaram em armas não apenas para defender os colonos, mas, principalmente, os aldeamentos e as missões mantidos e controlados pela Igreja.

b)

a inexistência de rebeldes escravizados, visto que, entre os castigos estipulados pela metrópole a esses indivíduos, estava prevista a pena de morte, o que inibia sua participação em qualquer ação contra os colonizadores.

c)

a exclusão dos criollos, descendentes de espanhóis que controlavam as atividades comerciais, dos conflitos armados. Esse grupo ficou responsável pela elaboração das estratégias de combate, para não prejudicar o comércio interno.

d)

o apoio da sociedade colonial a José Bonaparte que, ao destronar a família real espanhola, instaurou uma forma mais branda de controle, diminuiu alguns impostos, extinguiu outros e deu maior liberdade para o comércio interno e externo.

e)

o embate entre as elites, representadas, por um lado, pelos chapetones – espanhóis que controlavam os cargos administrativos e as decisões políticas na colônia – e, de outro, os criollos – descendentes de espanhóis que controlavam parte do comércio interno e das terras.