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Austin, Searle, Strawson, Wittgenstein, Travis, entre outros, argumentaram contra a aplicação de teorias de significado condicional à verdade às línguas naturais. Um dos principais argumentos consiste em conceber casos em que a ocorrência da mesma expressão com o mesmo significado em diferentes sentenças determina diferentes condições de verdade. O exemplo a seguir ilustra o ponto: em frases como 'Nancy corta a grama', 'o barbeiro corta o cabelo', 'Sid corta o bolo', 'cortei minha pele', 'o alfaiate corta o vestido', 'o médico corta o tecido'; a palavra 'cortar' é usada literalmente – não metaforicamente – com o mesmo significado lexical. Apesar disso, as condições que tornam cada sentença verdadeira são diferentes. O tipo de eventos ou ações que satisfazem o pedido de cortar um bolo, por exemplo, é diferente do tipo de eventos que satisfazem o pedido de cortar roupa, cortar relva, cortar barba, etc. Em condições normais, a ação adequada para satisfazer o pedido de cortar um bolo é cortá-lo em pedaços. Considerando que, em condições normais, a ação adequada que permite cumprir a ordem de corte da grama é a poda; não, corte-o em pedaços, nem raspe-o, nem faça-o com uma tesoura (Cfr. Searle, 1980, pp. 222-223).

SOSA, Carlos Mario Márquez. Revista: KRITERION, Belo Horizonte, nº 149, Ago. 2021.

De acordo com o trecho citado, assinale a opção correta:
Alternativas
Alternativa 1:
A verificação é um elemento dispensável para o pragmatismo.

Alternativa 2:
A verdade não é uma qualidade das coisas na perspectiva pragmatista

Alternativa 3:
Na vertente pragmatista, a verdade é uma concepção eterna e imutável.

Alternativa 4:
Para o pragmatismo a experiência não é uma fonte confiável para verificação da verdade.

Alternativa 5:
Para o pragmatismo a verdade tem como condição fundamental a sua adequação com um acontecimento ou com fatos que a corrobore.