O que nossas gramáticas alinham, em ordem alfabética, como “verbos irregulares”, deve ser entendido como um desvio do padrão geral morfológico, que não deixa de ser “regular”, no sentido de que é suscetível a uma padronização também. A descrição dos verbos ditos “irregulares” resume-se assim na apresentação de pequenos grupos de verbos, com certos padrões comuns, que se podem perfeitamente tornas explicáveis. CAMARA JR, Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. 36 Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2004. Levando em consideração o que o linguista brasileiro Joaquim Mattoso Camara Jr. escreveu sobre os verbos chamados de irregulares da língua portuguesa, observe as conjugações dos verbos “ver” e “ler” no presente do indicativo e no imperativo afirmativo Presente do Indicativo eu vejo tu vês ele vê nós vemos vós vedes eles veem Imperativo Afirmativo -- vê tu veja você vejamos nós vede vós vejam vocês Presente do indicativo eu leio tu lês ele lê nós lemos vós ledes eles leem Imperativo Afirmativo -- lê tu leia você leiamos nós lede vós leiam vocês Depois de analisar esses verbos é possível afirmar que: Escolha uma opção: a. Os dois verbos fazem parte de um grupo de verbos irregulares que apresentam na 2ª pessoa do plural no presente do indicativo a desinência número-pessoal “-des” e na 2ª pessoa do plural do imperativo afirmativo a desinência número-pessoal “-de”. b. Os dois verbos seguem o padrão geral da reflexão verbal em português, apresentando na 2ª pessoa do singular a desinência número-pessoal “-s” e na 2ª pessoa do plural a desinência número-pessoal “-is” c. Os dois verbos apresentam mudança na vogal temática, por isso são considerados irregulares. d. Os dois verbos apresentam mudanças no radical, por isso são considerados irregulares. e. O verbo “ver” é um verbo anómalo, pois possui o radicar suplementar “vej-“, enquanto “ler” é um verbo regular, uma vez que segue o padrão geral da flexão ve