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Segundo Pêcheux, um discurso é sempre pronunciado a partir de condições de produção dadas. Por exemplo, um deputado pertence a um partido que participa do governo ou a um partido da oposição, é porta-voz de um grupo que representa tal ou tal interesse, ou então não tem partido. Ele está, portanto, situado no interior da relação de forças existentes entre os elementos antagonistas de um campo político dado. O que ele diz, anuncia, promete ou denuncia não tem o mesmo valor conforme o lugar que ele ocupa, ou seja, a mesma declaração pode ser uma arma temível ou uma comédia ridícula segundo a posição do orador e do que ele representa, em relação ao que diz. Um discurso pode ser um ato político direto ou um gesto vazio, para ‘dar o troco’, o que é uma outra forma de ação política. (PÊCHEUX, M. Análise automática do discurso (AAD-69). In: GADET, F. e HAK, T. (orgs.) Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Trad. Bethânia Mariani. Campinas: Unicamp, 1990). Isso quer dizer que A) as condições de produção do discurso incluem a posição do outro em relação ao sujeito. B) as condições de produção do discurso incluem a situação abstrata do sujeito. C) as condições de produção do discurso mesclam o jogo de imagens em que o sujeito não está inserido. D) as condições de produção do discurso incluem um sujeito indeterminado. E) as condições de produção do discurso não incluem formações imaginárias da posição do sujeito.
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