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O retrato
Outro dia encontrei, na portaria do meu prédio, uma meninazinha de blusa branca, saia azul,
laço no cabelo e sorriso nos lábios. Conversamos enquanto esperava o ônibus do colégio. Pergun-
tei-lhe se estava com saudade das férias. Confessou que sim, mas disse que o colégio também era
ótimo, que adorava o colégio. Abrindo a pasta reluzente, mostrou-me os livros novos, cuidado-
samente encapados, os cadernos limpinhos, a caixa de lápis. Falou entusiasmada sobre a profes-
sora, que era um amor, e as colegas, camaradíssimas, todas suas
amigas. Contou-me sua resolução de estudar muito, de fazer
os deveres direitinho, de portar-se muito bem e tirar notas
boas. Estava cheia de interesse, contente, de fato, de ir pa-
ra o colégio, e foi dos mais alegres o adeusinho que me deu
quando entrou no ônibus. Sorri com ela, e, quando voltei
para casa, fui direto olhar o retrato de uma meninazinha de
seus sete, oito anos de idade, vestida com uma saia azul e
blusa branca de um uniforme escolar. E tive uma saudade
imensa, infinita, daquela menina que tão atenta olhava o
livro, tão confiante esperava a vida, aquela meninazinha
que fui eu.
Maluh de Ouro Preto. O retrato. In: Antologia escolar de crônicas. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2005. p. 147-148. (Edições de Ouro).
a) Na história, qual é a situação cotidiana vivida pelas personagens?
Claudia Marianno.
Se alguém souber responder agradeço.​