Homi Bhabha (2010) fundamenta seu estudo sobre a cultura híbrida na comparação entre países colonizadores e colonizados, entendendo que o hibridismo cultural é notado a partir dessa relação, gerando um discurso agonístico e antagonístico, ou seja, é produto de conflito e tensão provocado pelo encontro entre culturas diversas, uma que se nomeia como superior, e outra sendo representada como inferior. Essa fusão cultural gera discursos que contestam os valores do colonizador e a sua autoridade, atuando por meio de ironias que marcam pontos significativos do discurso do colonizado, que incorporou valores culturais do discurso hegemônico do colonizador, porém com nuances próprias, particularizando-se, constituindo, assim, um discurso “misturado”, híbrido.

Fonte: ​FURTADO, J. C. D. Artes Integradas: arte e musicalização aplicadas à educação. Maringá: UniCesumar, 2022.

Sobre o hibridismo cultural, analise as afirmações a seguir.

I. Segundo Peter Burke, uma das maneiras de entender o termo hibridismo é através da nomenclatura utilizada para sua descrição.
II. Embora Claude Debussy tenha se inspirado no Gamelão de Java, não se trata de hibridismo, pois essa cultura foi absorvida por outra mais potente, a música erudita europeia, que diluiu as influências, tornando-as imperceptíveis.
III. Segundo Peter Burke, uma das maneiras de entender o termo hibridismo é através das reações possíveis à hibridização.
IV. Um bom exemplo de hibridismo musical é o estilo “raga rock”, criado por George Harrison, inspirado pela música indiana de Ravi Shankar.
V. Segundo Peter Burke, uma das maneiras de entender o termo hibridismo é através da variedade de objetos que podem ser considerados híbridos.

​É correto o que se afirma em:

Alternativa 1:
II e III, apenas.

Alternativa 2:
IV e V, apenas.

Alternativa 3:
I, III, IV e V, apenas.

Alternativa 4:
II, III, IV e V, apenas.

Alternativa 5:
I, II, III, IV e V.