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O Estado Absolutista: os casos de Portugal, Espanha e França. 



Sagot :

-Absolutismo em Portugal
a burguesia composta em mesteirais juntamente com as classes populares da cidade de Lisboa, ajudaram D. João I, a conquistar o poder nas cortes de Coimbra de 1385, representando a vitória da classe mercantil, que iria patrocinar os Descobrimentos, tendo como conseqüência o pioneirismo português na expansão marítima.


-Absolutismo na Espanha 
uma das causas do absolutismo na Espanha foi a unificação do País. 
Durante séculos, os diversos reinos cristãos que ocupavam o território espanhol (remos de Leão, Castela, Navarra e Aragão) lutaram pela expulsão dos muçulmanos da península Ibérica. A partir do século XIII, só havia na Espanha dois grandes remos fortes e em condições de disputar a liderança cristã da região:O de Castela e o de Aragão. 
Em 1469, a rainha Isabel, de Castela, casou-se com o rei Fernando, de Aragão. O casamento de Fernando e Isabel unificou politicamente a Espanha. A partir desse momento, os espanhóis intensificaram as lutas contra os árabes, que ainda ocupavam a cidade de Granada, na parte sul do país. Após a completa ex­pulsão dos árabes, o poder real se fortaleceu e, com a ajuda da burguesia, a Espanha também se lançou às grandes navegações marítimas pelo Atlântico. " 

-Absolutismo na França 
"O início do processo de centralização do poder monárquico na França re­monta a alguns reis da dinastia dos Capetos, que a partir do século XIII toma­ram medidas para a formação do Estado francês. Entre essas medidas, destacam-se a substituição de obrigações feudais por tributos pagos à coroa real, a restrição da autoridade plena do papa sobre assuntos ligados aos sacerdotes franceses, a criação progressiva de um exército nacional subordinado ao rei e a atribuição, ao rei, do poder de distribuir justiça entre os súditos. 
Durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre França e Inglaterra, aumentou o sentimento nacional francês. Com a guerra, a nobreza feudal foi se enfraquecendo enquanto crescia o poder do rei. 
A partir do final da Guerra dos Cem Anos, os sucessivos monarcas franceses deram passos progressivos no sentido de fortalecer as instituições do poder real, criando órgãos como o Conselho do rei, que assessorava o rei nas atividades administrativas do Estado. 
No período que vai de 1559 a 1589, a França enfrentou um momento de enfraquecimento do poder real, em conseqüência de guerras religiosas entre grupos católicos e protestantes. Somente com Henrique IV (1589-1610), o reino francês foi pacificado em seus conflitos religiosos. 
Antigo líder protestante, Henrique IV converteu-se ao catolicismo, afirmando, em célebre frase, que Paris vale bem uma missa. Promulgou o Edito de Nantes (1598), garantindo a liberdade de culto aos protestantes, e passou a dirigir a obra de reconstrução político-econômica da França. 
Com os sucessores de Henrique IV, Luís XIII e Luís XIV, o processo de centralização do poder monárquico atingiu seu ponto máximo. 
Luís XIV (1661-1715), conhecido como o Rei Sol, tornou-se o símbolo supremo do absolutismo francês, atribuindo-se a ele a famosa frase L ‘Etat c’est moi, isto é, o Estado sou eu. 
Em 1685, Luís XIV revogou o Edito de Nantes. Essa intolerância religiosa provocou a saída, do país, de aproximadamente 500 mil protestantes, entre os quais ricos representantes da burguesia. O fato teve conseqüências graves para a economia francesa, originando sérias críticas ao absolutismo monárquico. 
Luís XV (1715-1774) e Luís XVI (1774-1792), sucessores de Luís XIV, deram continuidade ao regime absolutista, mas enfrentaram crescentes oposições das camadas populares e de setores da burguesia. Em 1789, teve início a Revolução Francesa, que colocaria fim à monarquia absolutista existente no país. " 

O Estado Absolutista desenvolveu-se na Espanha e em Portugal de um modo bastante semelhante, enquanto que na França seguiu um modelo diferente.

Na Espanha e em Portugal, os dois países da Península Ibérica, o Estado Absolutista nasceu da centralização do poder político e econômico nas mãos das monarquias nacionais, que, ao realizar a Reconquista, estabeleceram relações de poder que lhes eram muito favoráveis, tendo este Estado Absolutista enriquecido com as Grandes Navegações e tido uma longa vida.

Já na França ele nasce das sucessivas vitórias da monarquia nacional contra os senhores feudais e a parte "insubmissa" do Clero, de modo que se construiu por meio de sucessivas guerras que, pouco a pouco, foram tornando insustentável a posição dos pequenos lordes, e o poder do Rei estabeleceu-se como único "guia" da política naquele país durante séculos.

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