Chama-se de metonímia ou transnominação uma figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles.
Efeito pela causa:
Sócrates tomou a morte. (O efeito é a morte, a causa é o veneno.)
Causa pelo efeito:
Por favor, não fume dentro de casa: sou alérgica a cigarro. (O cigarro é a causa: a fumaça, o efeito. Podemos ser alérgicos a fumaça, mas não ao cigarro)
Marca pelo produto:
O meu irmãozinho adora danone.(Danone é a marca de um iogurte; o menino gosta de iogurte
Metáfora é o uso de uma palavra em sentido diferente do próprio por analogia ou semelhança.
Exemplos...
• Falar pelos cotovelos.
• Veja se eu estou na esquina...
• Meu coração é um balde despejado.
• Não anda bem da cabeça.
• Eu sou um poço de dor e amargura.
Relacionado com a antítese, o paradoxo é uma figura de pensamento que consiste na exposição contraditória de ideias.
Ex.: Quanto mais comiam mais sentiam fome
Tudo é o nada.
Já estou cheio de me sentir vazio
Eu sou um velho moço
Leia este trecho da obra de Rubem Braga:
“Eu, porque sou mole, você fica abusando”.
Observe que o pronome “eu” encontra-se solto na frase, sem estabelecer uma relação sintática com nenhum dos outros termos, já que houve uma troca entre o pronome “eu” e “você”.
Neste exemplo temos um caso de anacoluto, figura de linguagem que consiste na quebra da estrutura sintática da oração. Segundo Douglas Tufano, o tipo de anacoluto mais comum é aquele em que um determinado vocábulo parece que vai ser o sujeito da oração, mas de repente a construção frasal se modifica e ele acaba sem função sintática.
“E a menina, para não passar a noite só, era melhor que fosse dormir na casa de uns vizinhos”. (Rachel de Queiroz)
Há quem confunda “antítese” com “paradoxo”. A diferença reside, entretanto, na maneira como esses opostos se relacionam. Na antítese, temos duas teses contrárias, antônimas:
“Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem”.
(Monte Castelo, Renato Russo)
Enquanto o eu lírico está acordado, os outros serem dormem. Seria um exemplo de paradoxo se a mesma construção estivesse da seguinte maneira:
“Estou dormindo acordado”.
Portanto, antítese é a figura de linguagem que consiste em construir um sentido através do confronto de idéias opostas.
A hipérbole é exatamente oposta ao eufemismo. Enquanto no eufemismo suavizamos uma expressão chocante, na hipérbole expressamos exageradamente uma idéia, a fim de enfatizar essa informação. Essa figura de linguagem é bastante comum não só nos textos escritos, como na comunicação oral.
“Está muito calor. Os jogadores estão morrendo de sede no campo”.