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b) Na linha de baixo, você vai escrever como cada uma dessas consequências afeta toda a socie-
dade, independentemente de gênero ou classe social.
Sabe o que você acabou de fazer? O projeto de um texto argumentativo, como aqueles que são
publicados em jornais e sites, é muito frequente no mundo universitário.
ASSIM NASCE UM ARGUMENTO
• Quando você identifica uma consequência negativa da falta de acesso à educação para meninas,
você está levantando um argumento.
Quando você esclarece como essa consequência negativa gera consequências, também negati-
vas, para toda a sociedade, você está fortalecendo seu argumento.
Se você transformar isso em parágrafos, você vai criar um texto argumentativo imbatível!
TESE: é preciso garantir o acesso das mulheres à educação.
4.
Vamos praticar?
Escolha dois dos argumentos que você levantou e escreva um texto com quatro parágrafos. Cal-
ma! Seguindo o es


Sagot :

Resposta:

Classe social é um conceito da Sociologia que se refere à divisão socioeconômica do mundo em um sistema capitalista. Há uma hierarquia de grupos sociais, as classes, que possuem diferentes importâncias e ocupam diferentes cargos dentro da divisão social do trabalho. Chamamos de estratificação social o fenômeno que permite essa divisão.

O conceito de classe social passou a ganhar destaque na Sociologia ainda em seu período clássico (no século XIX, período em que a Sociologia foi criada). O filósofo, sociólogo e economista alemão Karl Marx dedicou-se a estudar o fenômeno das classes sociais e a interação entre elas.

Com o avanço dos estudos sociológicos, novas classificações passaram a denominar o conceito de classe social, e vários outros sociólogos, historiadores, geógrafos e economistas dedicaram-se a estudar esse fenômeno. Podemos citar como exemplos o sociólogo clássico, professor, jurista e escritor francês Émile Durkheim, o economista inglês John Maynard Keynes e o geógrafo britânico de inspiração marxista David Harvey, autor do livro Condição Pós-Moderna |1|.

Para os sociólogos em geral, a estratificação social (fenômeno social que gera a divisão de classes) é uma consequência do capitalismo e da intensa divisão social do trabalho produzida por esse sistema. Para Durkheim, o trabalho em sociedades capitalistas pós-industriais é diversificado e entoado por diversas pessoas em diferentes postos de trabalho.

Não é possível, nesse sistema dividido, haver autossuficiência de um indivíduo, pois como o trabalho é dividido, diversas pessoas exercem diversas atividades diferentes, gerando um sistema que cria as classes sociais ao estabelecer diferentes valorizações e diferente níveis de importância das atividades exercidas.Temos, como exemplo, o faxineiro de uma indústria, o operário de uma indústria, o engenheiro de produção de uma indústria, o dono da indústria e o médico que pode cuidar da saúde de todas as pessoas descritas no exemplo. Essas pessoas têm diferentes níveis de instrução e diferentes tipos de trabalho, o que, na teoria das classes sociais, sob o viés capitalista de Durkheim, justifica o fato de cada um ter uma diferente posição hierárquica e uma diferente remuneração.

Obviamente, o faxineiro da indústria é o que ganharia menos no sistema por desenvolver um trabalho que requer pouca instrução. O operário ganharia um pouco mais, mas menos que o engenheiro e o médico, que têm formação superior e estão na categoria de prestadores de serviços. Já o dono da indústria seria o que possuiria maior remuneração, mesmo sem ter, muitas vezes, um nível de escolaridade compatível ou superior à escolaridade do engenheiro e do médico. Isso porque ele é o dono dos meios de produção e tem direito ao lucro obtido pela produção de sua indústria.

Para Weber, há um status relacionado às classes sociais que não é medido somente pela divisão do trabalho, mas pelo tipo de trabalho (ocupação), pelo consumo e pelo estilo de vida. Nesse sentido, nas sociedades capitalistas que surgiram, sobretudo a partir do século XX (sociedades em que o consumo é hipervalorizado), o que você tem, compra e exibe é um demonstrativo da classe a que você pertence e do prestígio social que você tem.

Leia também: Cultura brasileira: da diversidade à desigualdade

Classe social para Karl Marx

O filósofo e sociólogo alemão Karl Marx foi um crítico da divisão de classes sociais. Para o pensador, a divisão social do trabalho nada mais é que a exploração do trabalhador por parte da classe burguesa. Só existem, segundo Marx, duas classes sociais: a burguesia (donos dos meios de produção) e o proletariado (trabalhadores explorados pela burguesia).

Na ótica marxista, a burguesia estaria usurpando a força de trabalho das pessoas por meio da exploração de sua miséria para conseguir fazer com que esses trabalhadores gerem lucros para o próprio burguês. Dessa maneira, não haveria (e realmente não há) mobilidade social quase nenhuma, pois as pessoas eram exploradas e não tinham condições de caminhar entre os estratos sociais e ascender socialmente, sendo exploradas pela burguesia por toda a sua vida. Toda essa dinâmica capitalista que deu origem à teoria marxista, também conhecida como materialismo histórico dialético ou socialismo científico, foi detalhadamente descrita no livro O Capital.

A exploração das classes era, para Marx, elemento suficiente para justificar uma revolta do proletariado contra a burguesia. Essa revolta, chamada de revolução do proletariado, foi defendida no livro Manifesto do Partido Comunista, escrito por Marx e seu parceiro intelectual, o também filósofo, jornalista e escritor Friedrich Engels. Para os pensadores, após a revolução, haveria a instauração de uma ditadura do proletariado, que tomaria os meios de produção (as fábricas e a propriedade privada) e tornaria esses meios propriedade do Estado.

Explicação: eu acho que é isso;)