Resposta:
Simplesmente porque os sofistas cobravam por seus ensinos, mas isso não
necessariamente era mal visto pela sociedade da época, afinal, todos que utilizam suas profissões merecem ser remunerados. O que provavelmente mais incomodava os filósofos era o fato dos sofistas dizerem que eram mestres principalmente no ensino das virtudes (areté). Sócrates dizia que a sabedoria era algo a ser conquistado livremente, gratuitamente e partilhada com todos. O outro ponto de incômodo dos filósofos era a presunção do ensino ético, pois os sofistas se diziam sabedores e mestres das virtudes. Ora, para os filósofos a virtude não era um produto de mercado; “virtude” é saber, aliás, um tipo de saber especial, que na visão de Sócrates não é possível de ser ensinado. Para Aristóteles a virtude é adquirida na prática ou pelo hábito e depende da vontade de cada um se habituar ao bem, afinal, o hábito é construído no dia-a-dia como um ato extremamente
particular. O fato também de serem nômades acarretava uma certa
discriminação por parte dos filósofos, Isso era considerado desrespeito a um valor grego do apego ao lugar, por isso, eram vistos como estrangeiros e mercenários de vida errante. Eram principalmente competidores nos discursos como se estivessem travando uma guerra e em seguida eram aclamados por uma platéia.
