Observe as expressões a seguir:

“... o serviço ficou tão ruim que parecia serviço de preto.”

“... piada de humor negro.”

“Não sou tuas negas.”

“Negro com alma branca.”

“A coisa ta preta”

“Inveja branca”

“Mercado negro”, “magia negra”, “lista negra”, “ovelha negra”

As expressões destacadas são, ou já foram, usadas no dia-a-dia e você provavelmente já viu alguém usar ou até mesmo já usou alguma sem perceber que se tratavam de termos racistas que relacionam a cor negra a coisas ruins ou relacionam a cor branca a coisas boas desprezando as demais. Esses termos foram propagados em discursos de ódio reproduzidos tantas vezes ao longo do tempo que se tornaram corriqueiros. Alguns foram passados em forma de piadas, outros simplesmente foram reproduzidos por pessoas que não compreendiam o profundo significado da expressão, mas ouviram seus avós ou pais usando e acharam seguro reproduzi-las para as gerações futuras.

O fato de usar algumas dessas expressões não significa que a pessoa seja racista, mas simplesmente não notou ou percebeu o que estava fazendo. Neste ponto, podemos ajudar as pessoas a se conscientizarem da responsabilidade que têm de não passarem a diante este tipo de comportamento, principalmente em um mundo onde as informações são transmitidas com tanta velocidade e num alcance gigantesco como na era da internet.

Uma forma de enfrentar discursos de ódio com base em senso comum é com a produção de contranarrativas, isto é, histórias que demonstram o contrário que essas visões predominantes e sem fundamento propagam.

Contranarrativas para discurso de ódio são maneiras de se opor e desconstruir narrativas comuns de discriminação e intolerância, mas vão além e têm uma abordagem propositiva, focando no diálogo, na igualdade, no respeito às diferenças e na liberdade. Isso pode ser feito com fatos, dados, humor, sensibilidade, humanidade e experiências que possibilitem experimentar diferentes pontos de vista. Provocar empatia é um dos objetivos.

Construa uma campanha de contranarrativa contra expressões racistas como as citadas acima.

Estruture sua campanha de acordo com os itens abaixo:

Defina a contranarrativa: O que você pretende afirmar na campanha para ajudar a descontruir o preconceito racial?
Resp.:




Crie a mensagem: Crie uma mensagem que desconstrua o senso comum preconceituoso e pense como ela será apresentada ao público, nas redes sociais. Será o testemunho de alguém que sofreu o preconceito? Será a apresentação de dados sobre a questão? Ou terá uma abordagem bem-humorada?
Descreva aqui como sua mensagem será apresentada nas redes sociais:





Agora crie e escreva a seguir a mensagem da forma como ela será transmitida: