Texto 1 - Governar Os garotos da rua resolveram brincar de governo: escolheram o rei e pediram-lhe que governasse para o bem de todos. - Pois não – aceitou Martim. – Daqui em diante, vocês farão meus exercícios escolares, e eu assino. Clóvis e mais dois de vocês formarão a minha segurança. Januário será meu Ministro da Fazenda e pagará meu lanche. - Com que dinheiro? – atalhou Januário. - Cada um de vocês contribuirá com um real por dia para a caixinha do governo. - E o que lucramos com isso? – perguntaram em coro. - Lucram a certeza de que têm um bom rei. Eu separo as brigas, distribuo as tarefas, trato de igual para igual com os professores. Vocês obedecem democraticamente. - Assim não vale. O rei deve ser o nosso servidor, ou pelo menos saber que todos somos iguais a ele. Queremos vantagens. - Eu sou o rei e não posso ser igual a vocês, que são os governados. Se exigirem coisas de mim, serão multados e perderão o direito de participar da minha comitiva nas festas. Pensam que ser rei é moleza? Já estou sentindo que esse cargo é cheio de espinhos. Foi deposto, e dissolvido o país. Adaptação de Carlos Drummond de Andrade, Contos plausíveis no livro de Siqueira Bertolin, A construção da linguagem.

Texto 2 – Texto bíblico: Mateus 20. 25-28 Jesus os chamou e disse: Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

1) O primeiro texto apresenta uma situação em que ocorre uma brincadeira entre crianças. Se você estivesse brincando com estes garotos, qual seria sua posição se:

a) Estivesse no papel de rei da brincadeira? Explique.
b) Fosse um dos “governados”? Explique.

A) 2) Na brincadeira de governo dos garotos há uma discussão sobre o termo “Servir”. No caso, o debate se dava sobre qual lado d