De forma bastante resumida, Maquiavel acreditava que a política deveria ser guiada por um outro tipo de "moral", diferente da moral comum. Nesta "moral política" era lícito mentir, enganar, roubar e até mesmo matar, desde que o sacrifício de uma parte da sociedade - ou da "consciência" do Príncipe - fosse feito com o objetivo de um bem maior para todos. É a ideia de "os fins justificam os meios".
Para Hobbes, a sociedade civil era, sem regras, o estado de guerra de todos contra todos, de modo que cabia ao Estado tomar para si o monopólio do uso da violência. Isto significava, na prática, que o soberano deveria controlar todas as forças militares e policiais e, pela absoluta supremacia, impedir que as pessoas colocassem em prática "suas más vocações" e desrespeitassem os direitos umas das outras: ou seja, era legítimo que o soberano fosse violento para impedir a violência.
Para Locke a sociedade civil era capaz de regular a si mesmo, de modo que ele contra o Absolutismo. Para ele bastava que o soberano desse liberdade econômica e civil aos súditos que, pelos próprios interesses, formariam um conjuntos suficientemente justo de leis e normas, e, a partir dele, a sociedade caminharia para o bem comum.
Já Rousseau era contra a ideia de uma sociedade civil: para ele a causa de toda a infelicidade humana era a sociedade, de modo que para o ser humano ser realmente feliz era necessário abolir a propriedade privada e os mecanismos de coerção, de modo que todos retornassem ao estado de natureza e vivessem isolados, mas em paz uns com os outros.
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