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Após leitura atenciosa sobre o HUMANISMO e o texto de Fernão Lopes, vamos exercitar.
Identifique três características desse período humanista presente no texto. Retire
fragmentos que comprovem essas características preciso pra hoje!!!!
O Humanismo foi um período de transição entre o Trovadorismo e o Classicismo,
durante o final da Idade Média. Durante essa era, alguns princípios do Renascimento
foram antecipados e se aliaram a outros que foram mantidos da Idade Média.
Ele foi um movimento intelectual que se distanciou da influência da Igreja e dos
pensamentos religiosos. Em um sentido amplo, o Humanismo visava valorizar o homem
acima de tudo, contemplado os atributos e realizações humanas.
Com o distanciamento das questões religiosas, nesse período foi possível realizar
novas formas de estudo acerca da arte, ciência e política.
Principais características do Humanismo
• Transição entre Idade Média e Renascimento;
• Valorização do ser humano;
• Surgimento da burguesia;
• Destaque do homem no centro do universo;
• As emoções humanas começaram a ser mais valorizadas pelos artistas; (ARTE)
• Afastamento de dogmas; ( UMA VERDADE ABSOLUTA SOBRE A FÉ)
• Valorização de debates e opiniões divergentes;
• Valorização do racionalismo e do método científico.
TEXTO DA CRÔNICA DE FERNÃO LOPES (LEITURA)
03 de Setembro de 1384: Final do cerco de Lisboa
O segundo cerco de Lisboa foi imposto pelas forças de Castela em 138
e durou 4 meses e 27 dias.
Do casamento de D. Fernando (1367-1383) com D. Leonor Teles tinha sobrevivido
apenas uma filha, a infanta D. Beatriz, que, por proposta do seu pai, firmada no tratado de
Salvaterra de Magos (1383), seria desposada por D. João I de Castela, o que aconteceu
em Maio de 1383. O filho varão que nascesse deste casamento herdaria o trono de
Portugal, acaso D. Fernando I não tivesse descendentes até a sua morte. O monarca
faleceu no dia 22 de Outubro de 1383, sem herdeiros masculinos, tendo-se iniciado uma
crise de sucessão. Diante da revolta popular devido ao receio da perda da independência face aos castelhanos dá-se a aclamação do Mestre de Avis como Regedor e Defensor do
Reino.
D. João I de Castela entra em Portugal e ocupa a cidade de Santarém. A
resistência portuguesa e o exército castelhano encontram-se pela primeira vez a 6 de
Abril de 1384, na Batalha dos Atoleiros. Nuno Álvares Pereira soma mais uma vitória para
a facção de Avis, mas o confronto nada resolve.
Depois da derrota na Batalha dos Atoleiros, D. João I de Castela retira para Lisboa,
cerca a capital e com o auxílio da sua marinha bloqueia o porto da cidade e controla o
Tejo. O cerco era uma séria ameaça à causa do Mestre de Avis, uma vez que sem Lisboa,
sem o seu comércio e o dinheiro dele afluente, pouco poderia ser feito contra Castela.
João I de Castela precisava de Lisboa por motivos de ordem política, uma vez que nem
ele, nem a sua mulher tinham sido coroados e sem esta cerimónia, eram apenas
pretendentes à coroa
O cerco é descrito por Fernão Lopes(Crônica de el-rei D. João I, entre os capítulos
CXIV e CL), que refere alguns dados interessantes sobre a cerca da cidade, à época,
descrevendo as medidas defensivas, entre as quais:
a cerca era amparada por 77 torres, no topo das quais foram montados caramanchões de
madeira, visando optimizar a defesa;
os muros da cerca eram rasgados por 38 portas. A mais crítica era a chamada Porta de
Santa Catarina, defronte da qual se estabeleceu o arraial de Castela, e defronte à qual se
registrava maior número de escaramuças.
o lado da Ribeira era defendido por duas grossas estacadas, desde as águas do rio até
ao pé da cerca;
uma estacada dobrada defendia o Caminho de Santos, por baixo da Torre da Atalaia;
uma estacada dobrada, no lado oposto da cidade, estendia-se junto ao muro dos fornos
de cal, na direção do Mosteiro de Santa Clara;
encontrava-se em construção, mesmo durante os combates, um troço do barbacã em
face do arraial castelhano, desde a Porta de Santa Catarina até a Torre de Álvaro Pais, no
comprimento de dois tiros de besta.
a frota vinda do Porto conseguiu romper o cerco, trazendo poucos alimentos à cidade. No
combate naval então travado com os barcos castelhanos foram capturadas três naus
portuguesas e a nau do comandante foi igualmente capturada.
O cerco de Lisboa foi levantado a 3 de Setembro de 1384, devido sobretudo à
epidemia de Peste Negra que assolou o exército Castelhano, causando-lhe muitas baixas;
houve também ataques na periferia do cerco por parte de forças do exército de D. João,
Mestre de Avis, forças essas chefiadas pelo fronteiro do Alentejo, Nuno Álvares Pereira.
Finalmente o povo de Lisboa encontrava-se seguro e livre de perigo.
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