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14) A moral consequencial ou moral utilitarista defendida por Stuart Mill e Jeremy Bentham é uma ideia de justiça que busca: * A) Uma ação moral que beneficie o maior número de pessoas da melhor maneira e, caso seja necessário prejudicar alguém em detrimento da maioria B) A virtude é encontrar, pelo uso da razão, o meio-termo entre paixão e vicio. C) Agir como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, em uma lei universal. D) Capacidade de manipular os homens, infundindo o ódio.

Sagot :

Resposta:

Ele pensou em uma doutrina moral consequencialista, ou seja, que visa às consequências das ações morais em detrimento das próprias ações morais. O que importa, nesse sentido, é o resultado de certa ação, e não a própria ação.

Resposta: Jeremy Bentham e John Stuart Mill são os principais nomes da filosofia utilitarista. Logo, a alternativa A é a correta.

O utilitarismo estuda, sobretudo, os problemas éticos considerando a maior felicidade para o maior número de pessoas. A moral utilitária foi primeiro elaborada por Jeremy Bentham (1748-1832) e depois, principalmente, por John Stuart Mill (1806-1873). Diz que o fim das nossas aspirações é o prazer, e é bom o que é útil e nos proporciona prazer.

Não é uma ética egoísta, nem exageradamente hedonista, mas de caráter social: o que procura é a maior felicidade para o maior número. A época burguesa, capitalista e industrial de meados do século encontra uma expressão clara da moral utilitária.

Jeremy Bentham sustentava que os únicos fatos verdadeiramente importantes são o prazer e a dor: Alcançar e o prazer e evitar a dor são os únicos motivos de ação. Prazer e dor são a fonte dos nossos juízos, ideias e determinações. O bom é o prazer (ou a felicidade), e o mau é a dor. Dessa forma, ele busca avaliar atentamente as características do prazer: duração, intensidade, certeza, proximidade, capacidade de produzir outros prazeres, ausência de consequências dolorosas. Sábio é quem sabe renunciar a um prazer imediato por um bem futuro cuja avaliação é melhor - e é tarefa do legislador harmonizar os interesses privados com os públicos.

John Stuart Mill foi um filósofo mais eclético do que Bentham. Escreveu um famoso tratado de Lógica e também contribuiu com assuntos políticos, sendo considerado hoje um protofeminista. Sobre seu utilitarismo, Mill expressa a mesma ideia de Bentham. Mas, diferentemente de Bentham, afirma que se deve levar em conta não somente a quantidade do prazer, mas também a qualidade: “é preferível ser um Sócrates doente do que um jumento satisfeito”. E, para Mill, também não se delineia o contraste entre a maior felicidade do individuo e a felicidade do conjunto: é a própria vida social que nos educa e radica em nós sentimentos desinteressados. Isso explica como, partindo do liberalismo, Mill gradualmente inclinou-se para posições simpáticas ao socialismo.