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TEXTO 01
AINDA ASSIM EU ME LEVANTO
(Maya Angelou)
Você pode me riscar da História
Com mentiras lançadas ao ar.
Pode me jogar contra o chão de terra,
Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.
[...]
Pode me atirar palavras afiadas,
Dilacerar-me com seu olhar.
Você pode me matar em nome do ódio,
Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.
[...]
Dá favela, da humilhação imposta pela cor
Eu me levanto
De um passado enraizado na dor
Eu me levanto
Sou um oceano negro, profundo na fé,
Crescendo e expandindo-se como a maré.
Deixando para trás noites de terror e atrocidade
Eu me levanto
Em direção a um novo dia de intensa claridade
Eu me levanto
Trazendo comigo o dom de meus antepassados,
Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado
Fassim, eu me levanto
Eu me levanto
Eu me levanto

o eu lírico, ou seja o narrador, apenas narra ou ele narra e vive os fatos? comprove com partes do texto ​


Sagot :

Resposta:

No poema "Ainda assim eu me Levanto" de Maya Angelou, o eu lírico não apenas narra os eventos, mas também expressa uma atitude resiliente e determinada diante das adversidades. Várias partes do texto mostram que o eu lírico não é apenas um observador passivo dos acontecimentos, mas também uma voz que vive e responde aos desafios enfrentados:

1. "Pode me riscar da História / Com mentiras lançadas ao ar. / Pode me jogar contra o chão de terra, / Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar."

- Neste trecho, o eu lírico desafia as tentativas de ser apagado da história e afirma sua resiliência, comparando-se à poeira que sempre se levanta novamente, independentemente de ser derrubada.

2. "Pode me atirar palavras afiadas, / Dilacerar-me com seu olhar. / Você pode me matar em nome do ódio, / Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar."

- Aqui, o eu lírico enfrenta o poder das palavras e do olhar de ódio, declarando que mesmo diante da crueldade, ele continuará a se erguer, como o ar que sempre está presente.

3. "Dá favela, da humilhação imposta pela cor / Eu me levanto / De um passado enraizado na dor / Eu me levanto"

- Neste verso, o eu lírico reconhece as injustiças enfrentadas, mas reafirma sua capacidade de se levantar, apesar das circunstâncias difíceis, mostrando que ele vive e responde ativamente aos desafios enfrentados.

Esses exemplos demonstram que o eu lírico do poema não apenas narra os fatos, mas também vive e responde às adversidades com determinação e coragem. Ele se recusa a ser derrotado pelas circunstâncias difíceis e escolhe se erguer e continuar sua jornada com esperança e força.