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A cenógrafa Carmela Rocha nos convida a pensar o projeto de arquitetura a partir de outros olhares: E se pudéssemos apreender o espaço de um modo diferente do habitual, através do corpo que dança? E se pudéssemos pensar o programa de arquitetura a partir de outros parâmetros que não funções e/ou atividades preestabelecidas?

No trabalho apresentado no VI Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Rocha explora a relação entre dança e arquitetura a partir de duas direções, “- dançar o espaço objetivo preexistente, tendo o corpo em movimento como ferramenta de interferência e ressignificação do ambiente construído; e, em sentido contrário, dançar para a criação de um novo espaço objetivo, a dança como metodologia de projeto”.
Rocha afirma que podemos

buscar novas formas de ocupar os mesmos lugares e performar na arquitetura como forma de ressignificação dela e do corpo; e pode-se pensar novos espaços a partir desse corpo liberto, propondo-se a mudar a experiência no mundo a partir do espaço projetado sob outros paradigmas. A necessidade de se ocupar de modo distinto os lugares em que habitamos vem da necessidade de reconhecer os diferentes corpos que nela habitam e suas diferentes possibilidades que nem sempre encontram lugar. Possibilidades essas às vezes não exploradas, não conhecidas, às vezes não reconhecidas e às vezes oprimidas.
A autora nos provoca a pensar que o corpo, a carne, o movimento devem tomar mais espaço nas metodologias de projeto, que é fundamental sentir o espaço com o corpo inteiro em uma relação sinérgica com o ambiente: pés, mãos, cabeça, tronco, braços e pernas que tocam e se relacionam com o ambiente construído, seus edifícios, pisos, paredes, portas e mobiliários urbanos. O movimento, a perda do equilíbrio, a posição inusitada, o toque, misturado com os cheiros e os sons da cidade transformavam a sensibilidade das pessoas em relação aos lugares (ROCHA, 2020).

Analise as asserções abaixo. Qual delas não representa ideias presentes no artigo de Rocha acerca de uma proposta metodológica de projeto de arquitetura que leve em consideração a inclusão dos sentidos e sensibilidades humanos no projeto?

Opções de pergunta 3:

Enxergar a arquitetura através da dança desloca nossa leitura sobre o espaço do cotidiano em direção ao inusitado, do objetivo para o subjetivo. Pode, portanto, desconstruir nosso entendimento sobre o corpo no espaço e instigar a pensar novas possibilidades arquitetônicas.


A necessidade de se ocupar de modo distinto os lugares em que habitamos vem da necessidade de reconhecer os diferentes corpos que nela habitam e suas diferentes possibilidades que nem sempre encontram lugar. Possibilidades essas às vezes não exploradas, não conhecidas, às vezes não reconhecidas e às vezes oprimidas.


As cidades e seus edifícios tem uma predeterminação de atividades em seus programas manifestando uma necessidade de controle do uso do espaço e, por conseguinte, do corpo, nem sempre abrindo perspectiva para diferentes formas de se estar ou mesmo de diferentes corpos coexistirem. A arquitetura só funciona se for exercido o controle sobre os corpos que habitam aquele lugar.


Muitas vezes a repetição de padrões de uso, de forma e espacialidade traz conforto ao alienar o corpo presente.


Cidades e edifícios projetados de acordo com a lógica regida pela relação técnica-forma-função acabam por excluir o corpo do processo projetual, deixando de abrir lugar para o inusitado, para o encontro, para a surpresa e em consequência, para o diferente.


Sagot :

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