O ano 1987 evidenciou uma nova disjunção entre os dois movimentos balizada pela / Conferência Nacional de Saúde Mental, e especialmente pelo Il Encontro Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental, em Bauru. Nesse Encontro, foi produzida a consigna por uma sociedade sem manicômios e instituído o dia 18 de maio como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. A maioria dos trabalhadores presentes eram profissionais não médicos, grande parte, psicólogos. Contando com a participação de intelectuais de diversas áreas, elaborou-se uma pauta de conceitos para instrumentalizar a luta pela reforma psiquiátrica, visando à autonomia do movimento em relação ao Estado. As diretrizes apontavam um caminho de alargamento das fronteiras da luta para uma ação no interior da própria cultura, trazendo a discussão sobre a loucura para o cotidiano da sociedade, em uma estratégia que ampliava a atividade puramente assistencial e criava pontes entre as ações no âmbito do Estado com a sociedade civil (BEZERRA JR. , 1994). Prevaleceu, desde então, um ideário de desinstitucionalização ou da desconstrução/invenção (AMARANTE, 1998, p. 93), induzindo a uma disjunção com o movimento sanitarista em sua tática de ocupação da máquina estatal. Desde essa nova direção, seriam visadas alianças com a sociedade civil e com os movimentos populares e com as associações de usuários e de familiares, a busca da rua, da imprensa, da opinião pública. O que é possível concluir a partir do texto disponibilizado? A Luta Antimanicomial foi decidida em um encontro de psicólogos, o que toma sua visão e ação unilaterais e enviesadas D. Para que fosse considerada a desinstitucionalização. Foi necessario desautorizar o conhecimento médico a respeito da loucura, assin como seu tratamento. A partir de diversos olhares, é possível compreender o fenômeno da "loucura" de uma maneira diferente da tradicional, proporcionando formas alternativas de tratamento Por mais que se tente buscar novas formas de compreensão, a loucura é um fenômeno incompreensível ao ser humano, e sua in