Explore o IDNLearner.com para encontrar respostas confiáveis. Aprenda respostas confiáveis para suas perguntas com a vasta experiência de nossos especialistas em diferentes áreas do conhecimento.

O pressuposto que estrutura essas reflexões é que a política define-se como experiência de linguagem e que a qualidade dessa experiência nos une ou nos separa, tornando-nos seres políticos ou antipolíticos.

Se nosso ser político se forma em atos de linguagem, precisamos pensar nessa formação quando o empobrecimento desses atos se torna tão evidente. O autoritarismo é o sistema desse empobrecimento. Ele é o empobrecimento dos atos pela interrupção do diálogo. Interrupção que se dá, por sua vez, pelo empobrecimento das condições nas quais o diálogo poderia acontecer. Essas condições são materiais e concretas. Elas referem-se a mecanismos, na forma de dispositivos criadores de hábitos, que impedem as práticas de diálogo. Esses dispositivos são criados por racionalidades que operam na linguagem. A linguagem está como que fora e dentro das pessoas, forjando-as e sendo forjada por elas. O diálogo é uma atividade que nos forma e que é formada por nós. É um ato linguístico complexo capaz de promover ações de transformações em diversos níveis. Poderíamos nos perguntar o que acontece conosco quando entramos em um diálogo e o que acontece caso isso seja possível. O diálogo é uma prática de não violência. A violência surge quando o diálogo não entra em cena.

O que chamo de fascista é um tipo sociopolítico bastante comum. Sua característica é ser politicamente pobre. O empobrecimento do qual ele é portador se deu pela perda da dimensão do diálogo. O diálogo se torna impossível quando se perde a dimensão do outro. O fascista não consegue relacionar-se com outras dimensões que ultrapassem as verdades absolutas nas quais ele firmou seu modo de ser. Sua falta de abertura, fácil de reconhecer no dia a dia, corresponde a um ponto de vista fixo que lhe serve de certeza contra pessoas que não correspondem à sua visão de mundo preestabelecida. A outra pessoa é o que o fascista não pode reconhecer como outro. O outro é reduzido a uma função dentro do círculo no qual o fascista enreda. Talvez como a aranha que vê na mosca apenas o alimento que lhe serve e que precisa ser capturado em uma teia. Mas essa imagem seria ingênua, pois o fascista é capaz de olhar para o outro com tanto ódio que até mesmo perde o senso de utilidade. O outro negado sustenta o fascista em suas certezas. O círculo é vicioso. A função da certeza é negar o outro. Negar o outro vem a ser uma prática totalmente deturpada de produção de verdades.

Fechado em si mesmo, o fascista não pode perceber o “comum” que há entre ele e o outro, entre “eu” e “tu”. Ele não forma mental e emocionalmente a noção do comum, porque, para que esta noção se estabeleça, dependemos de algo que se estabelece com uma abertura ao outro. Fascista é aquela pessoa que luta contra laços sociais reais enquanto sustenta relações autoritárias, relações de dominação. Às vezes por trás de uma aparência esteticamente correta de justiça e bondade. Mesmo em circunstâncias esteticamente as mais corretas, e politicamente as mais decentes, o ódio é uma força que tende a falar mais alto. O fascista usa o afeto destrutivo do ódio para cortar laços potenciais, ao mesmo tempo que sustenta, pelo ódio, a submissão do outro. Como personalidade autoritária, ele luta contra o amor e as formas de prazer em geral. Um fascista não abraça. Ele não recebe. É um sacerdote que pratica o autoritarismo como religião e usa falas prontas e apressadas que sempre convergem para o extermínio do outro, seja o outro quem for.

No terceiro parágrafo, pode-se observar que a conjunção “mas” foi utilizado de forma não usual. Identifique a alternativa que descreva qual seria a forma usual do uso dessa conjunção.

A A conjunção "mas" costuma ser usada em início de frase, mas sempre seguida por vírgula.

B A conjunção "mas" não costuma ser usada em início de frase, mas em início de oração.

C A conjunção "mas" não costuma ser usada em início de oração, mas em final de oração.

D A conjunção "mas" não costuma ser usada em início de frase, mas em final de frase.

E A conjunção "mas" costuma ser usada em início, meio e fim de frase.


Sagot :

No terceiro parágrafo, pode-se observar que a conjunção “mas” foi utilizado de forma não usual.


a alternativa que descreva qual seria a forma usual do uso dessa conjunção seria a letra B



B) A conjunção "mas" não costuma ser usada em início de frase, mas em início de oração.


A conjunção "mas" não costuma ser usada em início de frase, mas em início de oração.


No trecho em questão, a conjunção "mas" foi utilizada para introduzir uma oração adversativa, ela  apresenta uma ideia contrária ou restritiva em relação à oração anterior.

Essa é a função mais comum do "mas", e geralmente ele é colocado no início da oração que expressa essa ideia contrária.


Mas essa imagem seria ingênua, pois o fascista é capaz de olhar para o outro com tanto ódio que até mesmo perde o senso de utilidade


➖ pois o fascista é incapaz de olhar dialogar….


➖ Mas essa imagem seria ingênua

(Oração adversativa)


o autor  inicia a frase com "mas", para realçar   a oposição entre as duas ideias, e assim destaca a contradição no comportamento do fascista.



É importante , lembrar que a conjunção "mas" pode ser utilizada no início de frase , se   o autor quer dar ênfase à ideia contrária ou introduzir um novo argumento.

Duvidas aqui


https://brainly.com.br/tarefa/58923871

Liziamarcia

Mestre em português

View image Liziamarcia