Essa afirmação se dá pelo fato de que, historicamente, a historiografia ocidental sempre deu preferência às fontes escritas como principais fontes de informação e análise. Portanto, a ausência de registros escritos dos povos indígenas no momento da chegada dos europeus fez com que sua história fosse deixada de lado ou contada através de uma perspectiva eurocêntrica.
Sem documentos escritos deixados pelos povos indígenas, os historiadores tiveram que recorrer a outras fontes, como relatos de viajantes e conquistadores espanhóis e portugueses, que muitas vezes não eram imparciais e refletiam uma visão distorcida e preconceituosa dos nativos. Isso contribuiu para a construção de uma história colonial que ignorava a perspectiva indígena e que muitas vezes perpetuava estereótipos e preconceitos.
No entanto, nos últimos anos, tem havido um movimento de resgate e valorização da história indígena, através da utilização de outras fontes, como tradições orais, artefatos arqueológicos e estudos antropológicos. Isso tem permitido que a história dos povos indígenas seja contada a partir de sua própria perspectiva, contribuindo para uma maior compreensão e respeito pela diversidade cultural e pela contribuição dos povos nativos para a construção do Brasil.
