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Entre as medidas do Diretório dos Índios (1757), implementado pelo Marquês de Pombal, a que teve maior efeito sobre a cultura indígena foi a imposição da língua portuguesa como idioma oficial e a proibição do uso das línguas nativas.
Essa medida teve um impacto profundo e duradouro na cultura indígena porque a língua é um dos pilares fundamentais de qualquer cultura. Ao proibir o uso das línguas indígenas, o Diretório não apenas interrompeu a transmissão de conhecimentos e tradições orais, mas também enfraqueceu a identidade cultural dos povos indígenas. A língua é o veículo de transmissão de histórias, mitos, práticas religiosas, conhecimentos sobre o meio ambiente e estrutura social. A perda da língua significa, portanto, uma erosão significativa dessas tradições e conhecimentos.
Além disso, a imposição do português facilitou a assimilação dos indígenas na cultura dominante portuguesa, promovendo uma aculturação forçada e a perda de diversas práticas culturais autóctones. Essa política linguística teve efeitos duradouros, ainda observáveis na atualidade, onde muitas línguas indígenas foram extintas ou estão em risco de extinção, resultando em uma perda irrecuperável de diversidade cultural e conhecimento tradicional.