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(Mack-SP) Em todos os países, os reis eram então considerados personagens sagradas; pelo menos em certos países, eram tidos como taumaturgos. Durante muitos séculos, os reis da França e os reis da Inglaterra (para usar uma expressão já clássica) "tocaram as escrófulas": significando que eles pretendiam, somente com o contato de suas mãos, curar os doentes afetados por essa moléstia; acreditava-se comumente em sua virtude medical. Durante um período apenas um pouco menos extenso, os reis da Inglaterra distribuíram a seus súditos, mesmo para além dos limites de seus Estados, os anéis (os cramprings) que, por terem sido consagrados pelos monarcas, haviam supostamente recebido o poder de dar saúde aos epilépticos e de amainar as dores musculares. BLOCH, Marc. Os reis taumaturgos: o caráter sobrenatural do poder régio, França e Inglaterra. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. O trecho dado, da obra do historiador francês: A menciona superstições medievais que sobreviveram em tempos modernos, sem, contudo, possuir nenhum significado político ou religioso. B comprova a ligação da política absolutista europeia com o charlatanismo dos curandeiros medievais. C faz referência ao caráter sobrenatural que se atribuía ao poder dos reis em algumas monarquias europeias. D descreve as práticas mais comuns de exercício da medicina na Idade Moderna. E destaca o problema político que representavam os escrofulosos e os epilépticos para as monarquias medievais