Pensar no consumo de acordo com a visão antropológica é levar em conta que um objeto não se completa como produto, pois o consumo é compreendido com uma linguagem dentro de uma perspectiva simbólica, a qual envolve decifrar os diversos significados que os grupos sociais formam para que os produtos ou serviços sejam consumidos. Isso quer dizer que, para a antropologia, o consumo não se dá pela perspectiva unicamente financeira e utilitária dos objetos. Durkheim (1981) esclarece que o consumo não é um fato social, mas uma experimentação da vida em sociedade por meio de um sistema de representações sociais. Portanto, exige uma reflexão mais profunda, a qual forneça subsídios para a compreensão de seus significados culturais. Afinal, é inegável que o consumo se tornou um fenômeno na sociedade atual. Seu desafio é refletir sobre a situação apresentada e dissertar sobre a transferência de significados do consumo no contexto social em que Marilena está inserida, e como a propaganda a influenciou a aderir ao consumo pirata.