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“O cortiço”, de Aluísio de Azevedo, é a obra mais importante do Naturalismo brasileiro. Não fica difícil de entendermos isso após uma leitura atenta do romance, o qual preza por um ritmo dinâmico e ao mesmo tempo minucioso em seu enredo. Além disso, é um dos primeiros romances brasileiros a usar um foco narrativo que se centra na coletividade de um recinto, denunciando as mazelas sociais do lugar, ligadas à ganância de um homem, João Romão, o qual decide usar o mercado imobiliário voltado para camadas mais baixas para melhorar suas condições econômicas. [...]

“O cortiço” não é um livro sobre como seres se tornam podres quando vivem em um ambiente de extrema pobreza. É uma denúncia de como a falta de dignidade produz condições ideais para a ocorrência de crimes de toda a ordem ao mesmo tempo que traça um rico panorama social das camadas mais baixas da sociedade brasileira, composta quase que totalmente por pessoas negras e miscigenadas. Nesse sentido, o foco narrativo do romance de Azevedo se destaca, pois procura mostrar de forma plena a concomitância de uma série de situações, adiantando alguns experimentos narrativos populares do século XX que marcarão uma aproximação da literatura com o cinema.




De acordo com o texto e considerando as características do Naturalismo brasileiro, está correto afirmar sobre a obra “O cortiço”, de Aluísio de Azevedo:



Desenvolve as cenas sob a perspectiva de um narrador personagem, que participa da história sem apresentar detalhes dos fatos.
O romance é o precursor da narrativa policial do século XX, pois conta a história dos mais variados crimes, envolvendo o leitor com suspense.
Evidencia a intensidade emocional dos personagens, em relações de amor platônico, marca característica do Naturalismo.

Apresenta uma crítica à desigualdade social, em denúncia às condições subumanas a que está submetida a população mais pobre.

A obra é inspirada em um filme de 1978, que foi um dos mais assistidos e premiados do cinema brasileiro do século XX.