Na filosofia clássica, o entendimento de Deus passou por diversas transformações ao longo dos séculos. Inicialmente, na filosofia grega antiga, muitos filósofos acreditavam em uma pluralidade de deuses, cada um associado a diferentes aspectos da natureza e da vida humana. Esses deuses eram vistos como seres antropomórficos, ou seja, com características humanas.
Com o advento do pensamento filosófico mais sofisticado, especialmente no período clássico grego, alguns filósofos começaram a questionar a existência de múltiplos deuses e a explorar a ideia de um Deus único e supremo, um princípio unificador e transcendente. Esse conceito de um Deus único e supremo foi desenvolvido principalmente por filósofos como Platão e Aristóteles.
Para esses filósofos, o Deus único era imutável, eterno e perfeito, sendo a origem de toda a existência e ordem no universo. Ele era visto como a causa primária de tudo o que existe, o motor imóvel que movia o cosmos em direção à perfeição. Esse Deus único era concebido como sendo onisciente, onipotente e benevolente, governando o universo com justiça e bondade.
Quanto à localização de Deus, os filósofos clássicos acreditavam que ele transcendia o mundo físico, estando fora do espaço e do tempo. Deus era considerado como sendo incorpóreo, não possuindo forma nem substância material. Ele era visto como a essência de tudo o que existe, permeando e sustentando toda a realidade.
Em termos de origem, para os filósofos clássicos, Deus era visto como sendo eterno e autossuficiente, não tendo um começo nem um fim. Ele era a fonte de toda a existência, sendo necessário para explicar a ordem, beleza e harmonia do universo. Deus não era visto como criado por alguém ou algo, mas sim como o princípio último e absoluto de toda a realidade.
Em resumo, na filosofia clássica, o entendimento de Deus evoluiu de uma pluralidade de deuses antropomórficos para um Deus único, transcendente e perfeito, que é a causa primária e sustentadora de toda a existência. Esse Deus único é concebido como sendo eterno, incorpóreo, onisciente, onipotente e benevolente, transcendendo o espaço, o tempo e todas as limitações humanas. Ele é visto como a origem e o fundamento de toda a realidade, governando o universo com sabedoria e justiça.
