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Ter mais e ter menos Vários leitores me escreveram para acusar os "tempos modernos", em que "ter" é mais importante do que "ser". Hoje, o que temos nos define, à condição, claro, de ostentá-lo o suficiente para que os outros saibam: constatando nossos "bens", eles reconheceriam nosso valor social. (...) Voltemos agora à observação de que, numa sociedade do "ter" como a nossa, os que têm menos seriam, por assim dizer, famintos – e, portanto, propensos a querer a qualquer custo. Eles recorreriam ao crime porque sua dignidade social depende desse "ter" – para eles, ter (como navegar) é preciso. Agora, o combustível de uma sociedade do "ter" é uma mistura de cobiça com vaidade. Por cobiça, preferimos os bens materiais a nossas eventuais virtudes, mas essa cobiça está a serviço da vaidade. A riqueza que acumulamos não vale "em si", ela vale para ser vista e reconhecida pelos outros: é a inveja deles que afirma nossa desejada "superioridade". Em outras palavras, os bens que desejamos são indiferentes; o que importa é o reconhecimento que esperamos receber graças a eles. Por consequência, nenhum bem pode nos satisfazer, e a insatisfação é parte integrante de nosso modelo cultural. Não é que estejamos insatisfeitos porque nos falta alguma coisa (aí seria fácil, bastaria encontrá-la). Somos (e não estamos) insatisfeitos porque o reconhecimento dos outros é imaterial, difícil de ser medido e nunca suficiente. A procura por bens é infinita ou, no mínimo, indefinida, como é indefinida a procura pelo reconhecimento dos outros. Contardo Calligaris. Disponível em: . Acesso em: 26/06/19. Fragmento. Há um sujeito desinencial "nós" na alternativa: Não é que estejamos insatisfeitos... A procura por bens é infinita ... como é indefinida a procura pelo reconhecimento dos outros. Eles recorreriam ao crime. Agora, o combustível de uma sociedade do "ter" é uma mistura de cobiça com vaidade.

Sagot :

Sem a marcação de qual seria a pergunta, ficou bem difícil o entendimento. Pelo que pude entender ficou:

1- Não é que estejamos insatisfeitos porque nos falta alguma coisa (aí seria fácil, bastaria encontrá-la).

Esta opção contém o sujeito desinencial "nós" na forma verbal "estejamos".

2-A procura por bens é infinita ou, no mínimo, indefinida, como é indefinida a procura pelo reconhecimento dos outros.

Esta opção não contém um sujeito desinencial "nós".

3- Eles recorreriam ao crime.

Esta opção contém o sujeito "eles".

4- Agora, o combustível de uma sociedade do "ter" é uma mistura de cobiça com vaidade.

Esta opção não contém um sujeito desinencial "nós".

EXPLICAÇÂO
Portanto, a alternativa que contém um sujeito desinencial "nós" é a primeira:
Não é que estejamos insatisfeitos porque nos falta alguma coisa (aí seria fácil, bastaria encontrá-la).
Esse trecho do texto reflete a reflexão do autor sobre a insatisfação cultural relacionada à busca incessante por bens materiais e reconhecimento social.