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1- Em que medida podemos comparar a atitude de Sócrates diante dos demais cidadãos de Atenas apresentada no filme com a atitude do prisioneiro do Mito da Caverna?

2- No Mito da Caverna, Platão nos apresenta um personagem que nasce assistindo a imagens e duvidando de que estas imagens sejam a verdade, empreende uma jornada em busca da causa destas imagens. Tendo em mente este fato, poderíamos dizer que para Platão as imagens vistas pelo prisioneiro são verdadeiras?


Sagot :

Resposta:

1. Comparação da atitude de Sócrates com a do prisioneiro do Mito da Caverna:

No filme sobre Sócrates, sua atitude diante dos cidadãos de Atenas pode ser comparada à do prisioneiro libertado do Mito da Caverna de Platão. Sócrates se posiciona como alguém que questiona as aparências e convenções aceitas pela sociedade ateniense, desafiando as crenças e preconceitos populares. Assim como o prisioneiro que escapa da caverna, Sócrates busca a verdade além das sombras e das ilusões.

O prisioneiro, ao sair da caverna, passa por um processo doloroso de iluminação e, ao voltar, tenta compartilhar sua nova compreensão com os outros prisioneiros, enfrentando a resistência e a hostilidade deles. Sócrates, em sua busca pela verdade e em seu esforço para despertar os cidadãos de Atenas, também enfrenta resistência e hostilidade, culminando em sua condenação e execução. Em ambos os casos, a busca pela verdade e a tentativa de despertar os outros para essa verdade enfrentam obstáculos significativos, muitas vezes resultando em incompreensão e rejeição.

2. Imagens vistas pelo prisioneiro são verdadeiras?:

Para Platão, as imagens vistas pelo prisioneiro na caverna não são verdadeiras no sentido pleno. As sombras projetadas na parede da caverna representam apenas uma realidade ilusória e distorcida, uma cópia imperfeita da verdadeira realidade que existe fora da caverna. Essas imagens são produzidas por objetos que são, por sua vez, cópias imperfeitas das Formas ou Ideias, que são as essências verdadeiras e imutáveis.

Assim, enquanto as imagens têm uma existência física e podem ser percebidas pelos sentidos, elas não representam a verdade última. A jornada do prisioneiro, ao sair da caverna e ver a luz do sol (representando a verdade e o conhecimento), simboliza a busca pelo conhecimento verdadeiro e a compreensão das Formas, que são a verdadeira realidade para Platão. Portanto, as imagens vistas pelo prisioneiro não são consideradas verdadeiras no sentido filosófico mais profundo, mas apenas ilusões ou sombras de uma realidade maior e mais verdadeira.