A revolução grega merece a fama que tem. É fato único nos anais da humanidade. Isso tem de ser conhecido mesmo por aqueles que tomam partido de Platão no seu gosto pelo que é arcaico e ritualista. O que faz tal revolução singular é precisamente o esforço dirigido, a modificação contínua e sistemática da schemata da arte conceitual, até que o fazer foi substituído pela imitação da realidade, através da nova habilidade da mimese. A natureza não pode ser imitada ou “transcrita” sem ser primeiro desmontada e montada de novo [...]. GOMBRICH, Ernest. Arte e Ilusão: um estudo da psicologia da representação pictórica. 4. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007. p.120-121. A revolução grega apontada pelo autor aplicou e valorizou a prática de imitação da realidade aos esquemas de construção de imagens. concebeu a representação de imagens como gosto por estilos e técnicas do passado. rompeu com padrões estéticos naturalistas e introduziu esquemas representativos abstratos. valorizou temáticas religiosas e ritualísticas nas diversas expressões artísticas da época. introduziu a concepção de arte conceitual entre os antigos a partir da valorização da filosofia.