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Por que esparta não desenvolveu o comércio marítimo?

Sagot :

Esparta, uma cidade-Estado grega conhecida por sua ênfase na militarização e na formação de guerreiros, não desenvolveu o comércio marítimo principalmente devido à sua estrutura social e política focada na manutenção de um estilo de vida austero e na valorização da disciplina militar.

A sociedade espartana era baseada no sistema de espartiatas, periecos e hilotas, onde os espartiatas, que eram os cidadãos guerreiros, dedicavam suas vidas à formação militar intensiva e à defesa da cidade-Estado. Comércio marítimo significava se envolver em atividades que poderiam desviar a atenção e o foco dos cidadãos da guerra e da manutenção da ordem interna.

Além disso, Esparta não incentivava o acúmulo de riquezas pessoais entre seus cidadãos. O regime político espartano, baseado em duas realezas e um conselho de anciãos (gerúsia), buscava manter o controle estrito sobre a população e evitar mudanças sociais que pudessem surgir com o desenvolvimento comercial.

Por fim, Esparta também tinha uma estratégia militar focada em defesas terrestres e não via necessidade estratégica ou econômica para se envolver ativamente no comércio marítimo, ao contrário de outras cidades-Estado gregas como Atenas, que se beneficiaram significativamente do comércio marítimo para seu crescimento econômico e influência política.