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Resposta:
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No último trecho do poema "Navio Negreiro", Castro Alves faz uma reflexão poderosa sobre a condição desumana dos escravizados que foram transportados nos navios negreiros. O poema culmina com uma descrição impactante da morte e do sofrimento desses indivíduos, e Alves utiliza uma linguagem intensa para transmitir a brutalidade e a crueldade da escravidão.
O último trecho do poema é o seguinte:
"Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noite! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
E eu vos direi, no entanto,
Ó árvore! ó flor! ó fonte!
Ó murmúrio solitário
Que amais a rama verde,
E o dorso acariciado
Das lâminas das espadas...
No antro ingente do Hypogeu
Repousa um povo inteiro!
Mas não há só martírios
No antro aterrador do gélido coveiro!
Aos brandos arquejos da Morte
A doçura do escravo no rosto se estampa!
Aos olhos do opressor!
Cantai! um férreo algoz
De sangue à sede sempre inebriado!
Ébrio do próprio sofrer
A vil manada do capataz
Ébria! a quem a dor norteia...
Explicação: