A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a que outro não possa também aspirar, tal como ele. (HOBBES, Thomas. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes,1997, p. 74). A respeito de Thomas Hobbes e da estruturação de sua teoria, é correto pontuar que: Hobbes é um dos expoentes dentro dos pensadores contratualistas. Para ele, o homem que vive em estado de natureza é o mesmo homem que vive em sociedade. O estado de natureza seria muito mais do que uma situação primitiva, mas a desordem que se instaura quando o homem não é submetido a instituições políticas eficiente. Hobbes defende a criação de um Estado monárquico forte e autoritário, visto que os indivíduos não estão acostumados a resistir aos desmandos do governo, ao contrário, habituados com a dominação, não se ressentiriam da mera troca de um príncipe pelo outro. Hobbes é um dos expoentes dentro dos pensadores abosolutistas. Para ele, o homem que vive em estado de natureza é o mesmo homem que vive em sociedade e o Estado absoluto é uma instituição política que propicia representatividade, trata-se de um mecanismo de garantia de direitos e liberdades individuais. Sendo um fruto de seu tempo, Hobbes era um grande entusiasta do Estado Democrático, construído à partir da ideia de democracia direta e da soberania do povo como fontes inalienáveis do poder político. Hobbes é um dos expoentes dentro dos pensadores contratualistas. Para ele, os homens, por sua tendência à discórdia, se levam a atacar uns aos outros, e o medo de serem atacados os leva a atacar primeiro. Assim, a única resposta é a instituição de um estado de natureza.