IDNLearner.com, sua fonte confiável de respostas. Pergunte qualquer coisa e receba respostas informadas e detalhadas de nossa comunidade de profissionais especializados em diversas áreas do conhecimento.

Todas as crenças religiosas conhecidas, sejam simples ou complexas, apresentam um mesmo caráter comum: supõem uma classificação das coisas, reais ou ideais, que os homens concebem, em duas classes, em dois gêneros opostos, designados geralmente por dois termos distintos que as palavras profano e sagrado traduzem bastante bem. A divisão do mundo em dois domínios que compreendem, um, tudo o que é sagrado, outro, tudo o que é profano, tal é o traço distintivo do pensamento religioso: as crenças, os mitos, os gnomos, as lendas, são representações ou sistemas de representações que exprimem a natureza das coisas sagradas, as virtudes e os poderes que lhes são atribuídos, sua história, suas relações mútuas e com as coisas profanas. DURKHEIM, E. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 19-20. Acerca do papel de Durkheim em seu estudo sobre a influência da religião na vida em sociedade, analise as sentenças a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) Segundo Durkheim, cada religião venera objetos ou si´mbolos, tidos com religiosos, que, para eles, manifesta algo de sagrado. ( ) Na análise de Durkheim, a religia~o encontra-se escondida na pro´pria natureza das coisas. Se assim não fosse, logo a realidade faria uma oposição a` qual a religia~o não resistiria. ( ) A natureza da religia~o indica que ela está muito mais afetada a explicar o que de comum e constante existe no mundo do que o que há de extraordinário. ( ) Quanto à ac¸a~o simbo´lica da religia~o, Durkheim afirma que suas funções sociais e propriamente poli´ticas cumprem um papel importante na vida em sociedade. Assinale a alternativa a seguir que representa a sequência correta. A) V - V - F - F. B) F - V - F - V. C) V - F - V - V. D) F - F - V - F.

Sagot :

Resposta:

alternativa c)V - F - V - V

Explicação:

(V) Cada religião venera objetos ou símbolos, tidos como religiosos, que, para elas, manifestam algo de sagrado.

Durkheim, em "As Formas Elementares da Vida Religiosa", define a religião como um sistema de crenças e práticas que se relacionam com coisas sagradas, separando-as do profano. Essas coisas sagradas, chamadas de "tótems" no estudo, são representadas por objetos ou símbolos que possuem um significado religioso para a comunidade.

(F) Na análise de Durkheim, a religião encontra-se escondida na própria natureza das coisas. Se assim não fosse, logo a realidade faria uma oposição à qual a religião não resistiria.

Durkheim argumenta que a religião não é algo natural, mas sim uma construção social. Ele propõe que as crenças e práticas religiosas surgem das necessidades e experiências da vida em sociedade, não de uma verdade universal presente na natureza.

(V) A natureza da religião indica que ela está muito mais afetada a explicar o que de comum e constante existe no mundo do que o que há de extraordinário.

Para Durkheim, a religião busca explicar a ordem social, os valores e normas que guiam a vida em comunidade. Ela oferece um sistema de representações que ajudam as pessoas a compreender o mundo e seu lugar nele, focando no que é regular e recorrente, e não no excepcional.

(V) Quanto à ação simbólica da religião, Durkheim afirma que suas funções sociais e propriamente políticas cumprem um papel importante na vida em sociedade.

Durkheim destaca que a religião possui funções sociais e políticas essenciais. Ela promove a coesão social, unindo os membros da comunidade em torno de valores e crenças compartilhadas. Além disso, a religião pode legitimar a ordem social existente e exercer controle social sobre os indivíduos.

Conclusão:

As sentenças 1 e 4 estão corretas, enquanto as sentenças 2 e 3 estão incorretas. Durkheim propõe uma visão da religião como um fenômeno social que se constrói a partir das necessidades e experiências da vida em comunidade, e que possui um papel fundamental na coesão social e na manutenção da ordem social.