No que respeita a condições de acesso a serviços de telecomunicações, a liação a Internet em banda larga traduz-se por uma velocidade elevada de acesso que garante aos utilizadores um acesso rápido a conteúdos tradicionais, assim como o acesso a conteúdos mais ricos em informação e interactividade e, naturalmente, com mais interesse para a generalidade dos utilizadores. Neste âmbito, no final de 2004, Portugal era caracterizado por uma taxa de cerca de 8,2% no acesso de banda larga per capita, com 4,2% através de tecnologias cabo e 4,0% através de ligações ADSL. Note-se que a penetração de acesso por cabo está ao nível dà média dos países da OCDE, sendo a penetração de acesso por ADSL consideravelmente inferior à respectiva média. Esta situação reflecte sobretudo opções do principal operador nacional, que é simultaneamente o principal fornecedor de televisão por cabo e o principal fornecedor de acessos ADSL. Nota-se ainda que a largura da banda disponível na ligação à Internet é determinante na selecção dos conteúdos e aplicações a que é prático e confortável aceder. O acesso em banda larga residencial, com velocidades da ordem das centenas a milhares kb/s, é hoje oferecido sobretudo através de cabo e ADSL, tecnologias que cobrem quase totalmente os mercados português e mundial, embora outras tecnologias possam vir a revelar-se significativas no futuro próximo, como as redes sem fios (i.e., "WiMax"), a rede móvel de 3.ª geração (i.e.,
UMTS) e tecnologias "PLC - PwerLine Communications").
=
A evolução recente das taxas de penetração dos diversos serviços de acesso à Internet revela ainda que dos países da UE15 com uma penetração de banda larga inferior a 10% no final de 2004, Portugal é o único em que a penetração de acesso de banda larga estreita (i.e., via linha telefónica normal) diminuiu de 2003 para 2004. Na verdade, neste período verificou-se em Portugal uma estagnação da penetração total de acesso à Internet, tendo sido observado sobretudo uma substituição de acesso de banda estreita por acessos de banda larga. O acesso à Internet por banda larga cresceu em Portugal cerca de 71% entre o 4.° trimestre de 2003 e o período homólogo de 2004, enquanto a taxa de crescimento homóloga para toda a OCDE foi de
40%.
As taxas médias de crescimento de acesso por ADSL e por cabo entre o final de 2003 e o final de 2004 foram, em Portugal, de 128% e 38%, respectivamente. Entretanto, e de acordo com as estatísticas disponibilizadas pela ANACOM para o primeiro trimestre de 2005, as taxas da ADSL e de cabo subiram para 4,8% e 4,4%, respectivamente, resultando num aumento de 1% na penetração total de banda larga em Portugal relativamente ao final de 2004. No entanto, em muitos países da UE15 a taxa de crescimento anual do acesso por banda larga tem sido superior a 100%, tendo ultrapassado os 180% em países como o Luxemburgo, a República Checa e a
Eslováquia.

PARTE A - COMPREENSÃO DE TEXTO
1. Identifique as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F), escrevendo, na folha de prova V Ou f junto a cada uma das alíneas

1. Ligar-se à Internet através da banda larga significa aceder mais rapidamente a conteúdos mais ricos em informação e interactividade.

2. Em Portugal há apenas dois tipos de acesso em banda larga: por cabo e ADSL.

3. Tanto por cabo como por ADSL, a taxa de penetração da banda larga em Portugal está na média dos países da OCDE.

4. O mercado residencial utiliza preferencialmente as redes sem fios do tipo "WiMax" e a tecnologia UMTS.

5. Entre 2003 e 2004 verificou-se uma estagnação da penetração total do acesso à Internet em Portugal.

6. Entre 2003 e 2004, a taxa de penetração da banda larga em Portugal foi superior à dos países da OCDE.

7. O crescimento da banda larga em Portugal deveu-se à substituição dos acessos de banda estreita.

8. Das tecnologias em banda larga, a ligação por ADSL
cresceu - entre 2003 e 2004 e no 1.º trimestre de 2005 a um ritmo superior ao do cabo