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Compreender como a sociedade brasileira lida com as noções de público e privado ao longo de nossa formação é fundamental para analisar o processo de expansão dos serviços de segurança privada no país. Essa reflexão permite contextualizar a relação entre o Estado, responsável pela segurança pública, e o setor privado, que atua na proteção de bens e pessoas.
No Brasil, historicamente, observa-se uma forte presença do Estado na garantia da segurança pública, por meio das forças policiais e sistemas judiciários. No entanto, devido a desafios estruturais, como a falta de eficiência e a crescente criminalidade, parte da população passou a recorrer aos serviços de segurança privada para proteger seus interesses.
Essa tendência reflete uma dicotomia entre o público e o privado no que diz respeito à segurança. Enquanto o Estado é responsável pela segurança coletiva e geral da sociedade, as empresas de segurança privada atuam na proteção individual ou de determinados grupos específicos.
A compreensão das nuances dessa relação entre o público e o privado ao longo da formação da sociedade brasileira ajuda a explicar a aceitação e expansão dos serviços de segurança privada como uma forma complementar ou alternativa à segurança pública oferecida pelo Estado. Essa análise contribui para um debate mais amplo sobre os desafios e as possibilidades da segurança no Brasil contemporâneo.