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Considerando a enorme diversidade de seres vivos,explique como os cientistas,desde a Antiguidade até os dias de hoje,entenderam e entendem como essa diversidade se estabeleceu.

Sagot :

Maia, 

Inicialmente, havia a teoria fixista, que supunha a continuidade imutável das espécies. Sempre tinha sido assim: humanos geravam humanos e cada qual tinha filhos de sua espécie. 

A teoria fixista também foi defendida por duas hipóteses principais:

1. Hipótese da geração espontânea - Aristóteles defendia a Scala Naturae, que era o plano eterno e imutável pelo qual os seres vivos surgiam da matéria não viva.

2. Hipótese Criacionista  - segundo esse posicionamento, Deus criou de uma única vez todos os seres vivos existentes, de modo que elas estariam iguais desde então.

Tal posicionamento foi, amplamente, aceito até o século XVIII.

A partir do século XIX uma nova perspectiva surgiu para explicar a razão da diversidade de seres vivos no planeta, que foram as teorias evolucionistas.

As teorias evolucionistas surgiram das observações das mudanças geológicas (as montanhas surgem, as ilhas se movimentam, mesmo que muito devagar ao longo de milhões de anos), da observação de fósseis (o que eram aqueles ossos enormes que não pertenciam a nenhum animal conhecido? Como era possível encontrar fósseis de animais marinhos em montanhas? Qual a lógica de haver tantas espécies de um mesmo tipo de animal - como os besouros e outros insetos, conforme demonstravam os estudos de Lineu?).

As hipóteses que tentavam solucionar esses desafios, inicialmente, foram

A. Hipótese dos Erros - postulada por Pierre Maupertuis no início do século XVIII, defendia que a reprodução, ao pegar o material oriundo do macho e da fêmea gerava erros, de modo que uma espécie original poderia gerar diferentes outras, de acordo com o grau dos erros ocorridos.

B. Hipótese das Variações geográficas – postulada por Georges Leclerc, Conde de Buffon, 1739, afirmando que as espécies mudavam em razão das condições geográficas dos locais para onde iam viver, bem como em razão da alimentação diferente da área em que eles passam a morar;

C. Hipótese catastrofista –postulada por Cuvier, naturalista em 1799, defendia que os fósseis resultavam de espécies que haviam sido extintas em razão de cataclismas, tais como erupções vulcânicas, maremotos e assim por diante. Outras espécies viriam de áreas diferentes para recolonizar o local.

As hipóteses evolucionistas foram:

1. Teoria de Lamarck: para esse autor as mudanças nas espécies eram constantes e universais, geradas através do "esforço" que faziam em algum sentido. A ideia é do uso e desuso, que um órgão se desenvolveria ou se atrofiaria de acordo com a sua utilização pelo animal. Por exemplo, o pescoço da girafa teria crescido em razão do esforço do animal, ao longo das gerações, em comer as folhas mais altas das árvores.

2. Teoria de Darwin -  os animais passariam por seleção naturais, de modo que aqueles mais adaptados ao ambiente (conseguindo com mais facilidade alimentação e escapar dos predadores sobreviveriam e passariam suas características aos descendentes. Posteriormente, ao longo de milhares ou milhões de gerações, de uma única espécie seria possível gerar várias, como os tentilhões de Galápagos, 

3. Neodarwinismo - a partir de 1930 e 1940, os cientistas combinaram a teoria de Darwin com as descobertas da genética, da etologia, dentre outros. Com isso, foi possível entender melhor as causas da diversidade genética que permite a seleção natural, fenômeno que, aliado à seleção sexual, permite, na atualidade, entender a razão pela qual há tantas espécies diferentes de seres vivos.


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