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Sagot :
O pâncreas do diabético pára de produzir insulina, o hormônio que regula a glicose (açúcar) no nosso sangue. O não-diabético processa a insulina adequadamente. (Mas a ingestão exagerada de açúcar transforma um não diabético em diabético)
O sistema metabólico, não apresenta, nem pode apresentar valores fixos, porque decorre de situações variáveis, tais como horário, tipo, quantidade e volume das refeições. Após as refeições, nos intestinos os carboidratos são transformados em glicose, proteínas em aminoácidos e gorduras em ácidos graxos, que são passados para a circulação sanguínea. O aumento de glicose, acumulada no sangue (hiperglicemia), conseqüente da refeição feita, faz com que o pâncreas libere insulina. A insulina, hormônio sintetizado pelo pâncreas, é responsável pela introdução da glicose no interior das células, gerando energia, ou acumulando-a, como gordura para utilização futura. O fígado, também retém glicose, sob a forma de glicogênio, quando a insulina atinge altos níveis, forçando o pâncreas a reduzir a sua produção. Variando de pessoa para pessoa e também em função da qualidade e da quantidade de alimentos ingerida, mais ou menos entre duas a quatro horas depois da refeição, os níveis de glicose e insulina já estarão baixos novamente. Se for mantida essa situação em jejum, a insulina continuará agindo e o fígado, conseqüentemente, irá liberando pequenas quantidades de glicose no sangue, mediante quebra do glicogênio armazenado, para evitar que a glicemia seja reduzida a valores que possam causar problemas sérios no organismo (hipoglicemia). Com esse procedimento, fica mantido certo equilíbrio, o valor da glicemia varia relativamente pouco, e dentro de parâmetros considerados normais em pessoas saudáveis. É assim que nosso organismo mantém esse importante controle glicêmico, até porque, a glicose, é praticamente a única fonte de energia utilizada pelo nosso cérebro, que dela necessita de maneira contínua, para garantir a normalidade do funcionamento do sistema nervoso central. É bom lembrar que o coração, “operário” que trabalha diuturnamente, também não pode ter a sua fonte de energia “racionada”! É mais ou menos isso o que acontece com as pessoas com metabolismo normal. Com o paciente diabético a coisa muda de figura. Existem dois tipos de diabetes: o tipo I e o tipo II. O tipo I é conhecido também como insulinodependente, infanto-juvenil, imunomediado ou auto-imune. Sua característica é a paralisação ou destruição das células beta, produtoras da insulina. No tipo II, algumas vezes citado como “pâncreas cansado”, ele vai gradativamente, tornando-se incapaz de produzir a quantidade de insulina requerida para a normalidade do metabolismo. As medições em jejum de oito horas, começam a indicar índices glicêmicos aproximados a 99 Mg/dl. Com o decorrer do tempo esse valor atinge os parâmetros de 100 a 125 Mg/dl, que pelos valores de referência dos laboratórios é considerado como “pré-diabético”. A partir de 126 Mg/dl já é diabético, ou seja, é portador de “hiperglicemia”. Esse excesso de glicose no sangue, decorrente da falta de insulina, que não pôde ser utilizado como fonte de energia em nossas células, é eliminado na urina através dos rins. Não adianta nada comer mais, pois toda a energia não metabolizada, que deveria ser utilizada pelo organismo, certamente será eliminada como citei. Essa desordem metabólica leva o paciente a sérias complicações, entre elas a falência das funções renais e o suplício das hemodiálises. Mas tudo isso pode não acontecer se o diabético for precavido e antes dos 99 Mg/dl em jejum, perceber, em “Check-ups” esporádicos, que seu pâncreas já está prevaricando, ou seja, já está permitindo que seus índices glicêmicos estejam evoluindo para os 99 Mg/dl . Assim deve dar início às medidas preliminares e cabíveis para o controle da doença. Todas as medições devem ser feitas no mínimo em duas oportunidades diferentes. Há muito mais para dizer mas não caberia nos limites do "site". Boa sorte!
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