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Resposta:
Dizer que existiam diferenças de potencial para o trabalho entre negros e índios é uma afirmação equivocada, quase preconceituosa. Baseado nesta afirmação, muitas pessoas até hoje dizem que os índios são preguiçosos e não gostam de trabalho, o que se trata de uma grande inverdade. As diferenças fundamentais entre o trabalho escravo indígena e negro estavam, em primeiro, nas condições econômicas, e segundo, na influencia da igreja católica. A dificuldade de se "domesticar" o gentio em seu próprio território, sendo conhecedores do terreno, dos acidentes geográficos e habituados ao ambiente, eram muito grandes. Em compensação, os negros retirados da africa eram colocados em um ambiente totalmente diferente daquele em que estavam acostumados, eram separados de suas famílias e grupos sociais, o que facilitava a imposição de uma condição de submissão. Por outro lado, apos a fundação da companhia de jesus, a ação dos jesuítas e da igreja no novo mundo foi a de defesa dos indígenas, sob alegação de que estes "posseiam alma", e por isso poderiam ser convertidos à fé cristã, ao contrário dos pagãos e heréticos negros africanos. Ademais, a contra-reforma buscava ampliar os domínios da igreja e os seus fiéis em todo o mundo, e pegou carona com as conquistas dos novos continentes. Não é atoa que a maior parcela de católicos encontram-se hoje no continente sul-americano. espero ter ajudado