Resposta:
Lilia Schwarcz parte do mesmo conceito de Hobbsbawn de que os séculos não terminam necessariamente em uma data cronológica, mas sim com acontecimentos que provocam rupturas. Dessa forma, Lilia conduz uma ideia de que a pandemia de Covid-19 representa uma ruptura do século XX, um século marcado por avanços tecnológicos e consolidação da globalização, assim, a característica que a historiadora busca ressaltar é a de que esses "novos tempos" representam uma reflexão sobre o processo de globalização, uma vez que este é desigual (muitos países demoraram a ter acesso ou ainda não têm acesso às vacinas, por exemplo) e transmite uma falsa sensação de conexão (apesar de nos conectarmos virtualmente e até pessoalmente, os vínculos interpessoais não eram muito aprofundados devido ao cotidiano frenético no qual vivemos). Logo, Schwarcz defende a ideia de que repensaremos a estrutura socioeconômica vigente após este período.
Obs.: creio que seja esse o objetivo da pergunta, escrevi baseado em um vídeo dela que vi há um tempo atrás, que inclusive é muito bom para entender esses conceitos historiográficos de ruptura, por exemplo. Espero ter ajudado :)
