O trabalho é um desenvolvimento empírico da ‘teoria da associação diferencial’, uma hipótese que, literalmente, equivale ao conceito de ‘associação dos diferentes’. Trata-se de uma hipótese que Sutherland havia começado a elaborar em 1927, até que apresentou a versão definitiva em seu manual de Criminologia, na edição de 1947. Parte da base de que o comportamento e os valores se aprendem no curso da vida social e que tal aprendizagem se põe logo de manifesto na atividade profissional. Sutherland descria das razões biológicas da delinquência e também do lugar-comum de que a pobreza era o fator que a causava. Em especial, sustentava que, na maioria dos casos, as condições de pobreza ou marginalização estavam dadas sem que se gerassem condutas delitivas. Isso levou Sutherland a se perguntar se existia delinquência nas classes abastadas, em qual proporção e por quais motivos”. ELBERT, Carlos Alberto. Novo manual Básico de Criminologia. Trad. Ney Fayet Jr. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009,