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Qual foi a posição de Getúlio Vargas sobre as práticas do mandonismo que ocorriam no Brasil durante a República Velha?

Sagot :

A posição de Getúlio Vargas sobre as práticas do mandonismo na República Velha era complexa e evoluiu ao longo do tempo. No início de sua carreira política, Vargas se beneficiou do apoio dos coronéis e oligarcas, líderes locais que dominavam a política brasileira por meio do mandonismo. No entanto, com o passar do tempo, Vargas se tornou crítico do mandonismo e implementou medidas para combatê-lo.

Apoio inicial ao mandonismo:

  • Ascensão ao poder: Vargas ascendeu ao poder em 1930 com o apoio de oligarcas e coronéis descontentes com o governo de Washington Luís.
  • Política do Café com Leite: Vargas manteve a política do Café com Leite, um acordo informal entre as elites cafeeiras de Minas Gerais e São Paulo que alternava a presidência da República entre os dois estados.
  • Controle das oligarquias: Vargas permitiu que as oligarquias continuassem a controlar a política local, em troca de seu apoio ao governo federal.

Críticas ao mandonismo:

  • Concentração de poder: Vargas criticava a concentração de poder nas mãos dos coronéis e oligarcas, que limitava a participação popular na política.
  • Desigualdade social: O mandonismo contribuía para a desigualdade social, pois os coronéis frequentemente exploravam a população local.
  • Falta de democracia: O sistema político oligárquico era antidemocrático, pois as eleições eram frequentemente fraudadas e o voto era controlado pelos coronéis.

Combate ao mandonismo:

  • Criação de sindicatos: Vargas incentivou a criação de sindicatos, que davam aos trabalhadores uma voz na política e na sociedade.
  • Leis trabalhistas: Vargas implementou leis trabalhistas que protegiam os direitos dos trabalhadores e limitavam o poder dos patrões.
  • Código Eleitoral de 1934: O Código Eleitoral de 1934 introduziu o voto secreto e obrigatório, o que dificultou a fraude eleitoral e ampliou a participação popular.
  • Estado Novo: No Estado Novo (1937-1945), Vargas dissolveu os partidos políticos e centralizou o poder em suas mãos. Embora essa medida tenha sido criticada por limitar as liberdades civis, também permitiu que Vargas implementasse reformas sociais e econômicas mais abrangentes.

Avaliação da posição de Vargas: A posição de Getúlio Vargas sobre o mandonismo foi complexa e marcada por contradições. No início de sua carreira, ele se beneficiou do apoio dos coronéis e oligarcas, mas com o passar do tempo, se tornou crítico do mandonismo e implementou medidas para combatê-lo. As ações de Vargas tiveram um impacto significativo na política brasileira e contribuíram para a democratização do país.

Resposta:

Espero ter ajudado bons estudos ;)

Explicação:

Getúlio Vargas teve uma posição crítica em relação às práticas de mandonismo que prevaleciam durante a República Velha no Brasil. O mandonismo, caracterizado pelo domínio de líderes locais, conhecidos como "coronéis", sobre suas regiões, era uma prática comum durante esse período. Esses líderes exerciam grande influência política e social, manipulando eleições e mantendo o controle sobre a população local por meio de redes de clientelismo e patronagem.

Quando Vargas chegou ao poder com a Revolução de 1930, um de seus objetivos era enfraquecer o poder dos coronéis e centralizar o controle político no governo federal. Durante seu governo, ele implementou várias reformas para reduzir a influência dos líderes locais e fortalecer a autoridade central. Entre essas medidas estavam a reforma do sistema eleitoral, com a introdução do voto secreto e a criação da Justiça Eleitoral, que visavam combater a fraude eleitoral e o controle dos coronéis sobre o processo de votação.

Além disso, Vargas promoveu uma série de reformas administrativas e econômicas que buscavam modernizar o país e diminuir a dependência das estruturas de poder locais. Ele também incentivou a criação de sindicatos e organizações de trabalhadores, visando reduzir a influência dos coronéis nas áreas rurais e urbanas.

Em resumo, Getúlio Vargas foi um crítico das práticas de mandonismo e trabalhou ativamente para enfraquecer o poder dos coronéis e centralizar o controle político no governo federal durante seu período no poder.