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Explique o que é a percepção da passagem do tempo da Revolução Industrial oitavo ano resposta correta?​

Sagot :

A Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra no século XVIII e se espalhou pelo mundo nas décadas seguintes, trouxe consigo profundas transformações não apenas na forma de produção, mas também na percepção do tempo.

Antes da Revolução Industrial, o tempo era marcado pelos ciclos naturais, como o ritmo das estações do ano, os horários de nascer e pôr do sol e os ciclos agrícolas. As pessoas viviam em um ritmo mais lento, ditado pela natureza. A vida no campo era pautada pelo trabalho manual, com jornadas de trabalho longas, mas flexíveis, que se adaptavam às necessidades da produção agrícola.

Com a industrialização, o tempo se tornou mais rígido e mecanizado. As fábricas, movidas por máquinas a vapor, exigiam horários fixos e precisos para a organização da produção. Os trabalhadores, antes acostumados à flexibilidade do campo, agora precisavam se adaptar a um ritmo ditado pelas máquinas.

Essa mudança na percepção do tempo teve diversas consequências:

  • Surgimento do relógio como instrumento central: O relógio se tornou um objeto essencial para a organização do tempo nas fábricas e na vida urbana. A precisão do tempo se tornou crucial para a produtividade e para o controle da jornada de trabalho.
  • Valorização da pontualidade e da disciplina: A pontualidade e a disciplina se tornaram valores importantes na sociedade industrial. As pessoas precisavam ser pontuais para chegar ao trabalho no horário e seguir as regras da fábrica.
  • Criação do conceito de "tempo livre": Com a padronização da jornada de trabalho, surgiu o conceito de "tempo livre", o tempo que as pessoas tinham fora do trabalho para lazer e descanso.
  • Aceleração do ritmo de vida: O ritmo de vida nas cidades industriais era mais acelerado do que no campo. As pessoas precisavam se locomover rapidamente de um lugar para outro e realizar diversas tarefas em um curto período de tempo.

Essa mudança na percepção do tempo também teve impactos sociais e culturais:

  • Aumento da alienação dos trabalhadores: O trabalho nas fábricas era repetitivo e alienante, o que levava à desmotivação e à sensação de perda de controle sobre o próprio tempo.
  • Exploração da mão de obra: As longas jornadas de trabalho e as condições precárias nas fábricas levavam à exploração da mão de obra, principalmente das mulheres e crianças.
  • Surgimento de movimentos sociais: Os trabalhadores se organizaram em sindicatos e movimentos sociais para lutar por melhores condições de trabalho e por uma jornada de trabalho mais justa.