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Na Baixa Idade Média, entre os séculos XI e XV, ocorreram transformações econômicas e sociais significativas na Europa. Economicamente, houve um gradual renascimento do comércio e das cidades após o declínio provocado pelas invasões bárbaras no período anterior. As Cruzadas estimularam o comércio entre o Ocidente e o Oriente, facilitando o fluxo de mercadorias e o surgimento de rotas comerciais importantes, como a Via da Seda.
O sistema feudal começou a se fragmentar, dando lugar a relações econômicas mais monetizadas e uma maior mobilidade social. A ascensão da burguesia mercantil e o fortalecimento das guildas comerciais e artesanais foram características desse período, indicando uma transição para uma economia mais capitalista.
Socialmente, houve mudanças significativas com o crescimento urbano e a emergência de uma classe média urbana mais próspera. As cidades tornaram-se centros de cultura, educação e inovação, desafiando o domínio feudal rural. Houve também um aumento na alfabetização e na educação formal, com o surgimento das primeiras universidades europeias.
Além disso, mudanças na estrutura familiar e nos papéis de gênero ocorreram, especialmente nas camadas urbanas e entre a nobreza, refletindo novas dinâmicas sociais e econômicas. A Baixa Idade Média marcou um período de transição que preparou o terreno para os grandes avanços e transformações que viriam a ocorrer na Europa durante o Renascimento e além.